Sismuc participará de GT com Prefeitura sobre hora-atividade, salário, condições de trabalho dos educadores. Profuncionário também é discutido.
A direção teve primeira reunião com a secretaria de educação Roberlayne Borges Roballo. A ocasião serviu para debater melhorias nas condições de trabalho, jornada e salário dos educadores e trabalhadores de escola. A Secretaria de Educação informou que o Plano de Carreira dos trabalhadores precisa ser analisado já e convidou o sindicato para participar do grupo de trabalho. O prazo para elaboração do plano deve ser de aproximadamente seis meses.
Segundo a secretária, o objetivo do Plano é corrigir distorções salariais, o descumprimento da hora-atividade de 33%, a jornada de trabalho e a formação do educador. “A gente vai formar um grupo de trabalho em fevereiro com a participação dos recursos humanos, finanças, planejamento, educadores, universidade e sindicato. Um passo é transformar o educador em professor da educação infantil, além de capacitar aquele sem graduação e fazer a equiparação salarial,” anunciou Roberlayne.
A direção do Sismuc informou que já possui grupo de trabalho e que realizou os seminários da educação em 2012, pretendendo levar essas colaborações ao GT. Pelo menos seis pontos foram listados pelo sindicato: a equiparação salarial, a garantia da hora-atividade de 33%, o estímulo a capacitação profissional, a redução de jornada e o pagamento do piso nacional da educação.
Marcela Bomfim, coordenadora de comunicação do sindicato, disse que a inclusão desses pontos são primordiais para qualquer novo plano de carreira: “O educador hoje é muito mais exigido do que os professores nas avaliações diárias e outras atividades, mas é comum vermos educadores que gostam da educação infantil saírem por falta de valorização”, identifica.
Já a coordenadora geral Ana Paula Cozzolino combateu as recentes avaliações no PPQ (Programa de Produtividade e Qualidade): “A avaliação tem sido fechada e sem o conhecimento do educador, que só nota depois que houve desconto no contracheque. Como você melhora um ponto sem saber no quê deve melhorar?”, questiona. A nova gestão afirmou que irá verificar os problemas apontados pelo sindicato. A diretora do Departamento de Educação Infantil, Francinara Koop, apontou a avaliação do PPQ como um dos pontos de distorção: “Há a necessidade de mudança no processo de avaliação para evitar as contradições e a falta de padrão”, relata Francinara.
Outro ponto questionado mais demoradamente é o pagamento do piso nacional do magistério, acordado desde o ano passado com a antiga gestão. Atualmente a diferença está em R$ 220. Neste aspecto, a secretária pediu um pouco de compreensão: “Pedimos paciência por uns três meses. Vou conversar com a Eleonora (Fruet, secretária de finanças) e com o prefeito para tentar adequar a situação”, se posiciona Roberlayne.
Funcionários de Escola
O Sismuc ainda solicitou à Prefeitura mais valorização dos trabalhadores de escola. Segundo Alessandra Oliveira, secretária de políticas sindicais da CUT e membra do Sismuc, uma das alternativas é o Profuncionário. “Defendemos o convênio com o MEC para a implementação do Profuncionário, assim como no modelo indicado pela APP-Sindicato no estado”, sugere Alessandra.
A administração municipal se comprometeu a dar uma resposta até sexta-feira, mas adiantou que é viável o convênio. Segundo Marcos Schiefler, superintendente executivo de educação e professor da UTFPR, há recursos federais para isso: “Não vejo problema nenhum de que o programa seja feito em âmbito do município. Tem recursos do Governo Federal e eu sou totalmente favorável”, concluiu.
Entrevista
Acompanhe entrevista que o Sismuc fez com a secretária Roberlayne sobre o Plano de Carreira dos educadores e a valorização e capacitação dos funcionários de escola.