Semana passada, secretária de RH Maria do Carmo disse que a prefeitura não tinha dinheiro para a saúde.
Cinco vezes mais, é isso que o prefeito Luciano Ducci pretende gastar com asfalto em ano eleitoral. A notícia é publicada pelo jornalista Rogério Galindo, na Gazeta do Povo. Segundo a informação, Curitiba asfaltou 121 km por ano entre 2009 e 2011. Já em 2012, a quilometragem 597 quilômetros e o custo beira os 400 milhões de reais.
A prioridade eleitoral é motivo de repúdio do Sismuc. Na semana passada, alegando justamente falta de recursos, a secretária de recursos humanos Maria do Carmo se negou a abrir calendário com os excluídos da saúde, que hoje, 8 de fevereiro, completam 66 dias de greve. “Isso mostra que é um governo de aparências. O asfalto, embora importante, tem tempo de validade, já o desgaste desses trabalhadores, que atendem a população, poderia ser reparado apenas com diálogo e calendário de inclusão”, compara Marcela Bomfim, presidente do Sismuc.
Para o sindicato, a redução da jornada de trabalho desses 12% excluídos reflete na qualidade de vida dos servidores e, consequentemente, na assistência à saúde do povo. “Valorizar o ser humano deve ser a prioridade número um de uma gestão, mas o prefeito Luciano Ducci prefer priorizar mais o carro do que as pessoas”, completa Marcela.
Os excluídos encaminharam ofício ao prefeito com calendário de negociações. Ontem, eles também pediram intervenção do governador Beto Richa para que a greve possa ser interrompida.
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07/02/2012
