Prefeitura expõe segurança dos excluídos

Agente de trânsito da Diretran abandonou passeata dos excluídos
 
Os excluídos das 30 horas tiveram sua segurança física exposta hoje, 29, por causa de uma decisão do alto comando da diretran. Avisado ontem que seria feita uma caminhada pela Rua XV e depois até a prefeitura, o órgão que fiscaliza o trânsito havia encaminhado um carro para fazer a segurança dos trabalhadores e controlar o trânsito. No entanto, no momento em que a caminha ia começar, o agente de trânsito informou que não daria suporte aos excluídos.
 
– Ele me disse que ordens superiores o mandaram não garantir a segurança durante a caminhada. Que ordens superiores eram essas? As mesmas que mandaram cem policiais ou aquela que usa o serviço público em causa própria? – apontou o diretor do Sismuc Patrick Baptista. Ele se lembra do caso em que a diretora de trânsito da Urbanização de Curitiba (Urbs), Rosângela Battistella, nomeada pelo prefeito Luciano Ducci, foi flagrada usando a estrutura do órgão em benefício próprio (clique aqui).
 
Sem o apoio da diretran, a segurança foi feita pela direção do sindicato e por alguns profissionais da saúde. Os motoristas respeitaram a interrupção momentânea do trânsito. Muitos aplaudiram a luta dos excluídos. Houve apenas um motorista que avançou em cima dos profissionais, mas não atingiu ninguém.
 
– Cada dia fica mais claro que Ducci usa órgão como a diretran apenas para punir e multar, deixando de lado a fiscalização e a proteção do curitibano. Ao não ser que seja na casa dele – disse Alessandra Oliveira, diretora do Sismuc. Ela comenta atitude do prefeito que mandou pintar faixa amarela de um dia para o outro na quadra em frente a sua casa, proibindo estacionamento.
 
– Depois da Consilux, de diretora da Urbs dar ‘carteirzaço’, Ducci proibe estacionar em frente à casa dele demonstrando que as denúncias têm origem e endereço – reflete Alessandra.


Escândalos no trânsito
A gestão Ducci está marcada neste ano pelos abusos no gerenciamento do trânsito. Primeiro, foi a denúncia do Fantástico de que haveria uma indústria da multa em Curitiba e a possibilidade de se apagar multas dos radares (clique aqui), depois surgiu a denúncia de dois agentes da Urbs de abuso de poder da diretora do órgão (clique aqui), e agora os servidores não tem auxílio da Diretran e o prefeito manda pintar a frente da casa dele, proibindo estacionamento.