Infelizmente, a auxiliar de enfermagem Maria Rosilda foi agredida na noite de ontem enquanto trabalhava no CMUM Sítio Cercado. Puxada pelos cabelos em frente dos colegas de trabalho e população, Rosilda foi alvo da revolta de um paciente por causa da falta de médicos e equipamentos que abrange os postos de saúde e CMUM’s de Curitiba. No momento da agressão, 22h30, havia pelo menos 70 pacientes esperando atendimento. Neste CMUM o serviço médico é terceirizado.
A agressão motivou a paralisação de uma hora na manhã de hoje dos profissionais da saúde. Segundo contam os trabalhadores, esta foi a terceira agressão ocorrida em um mês. “A agressão foi séria. As chefias expõem os trabalhadores a fazer atendimentos mesmo com a falta de profissionais”, relata Dione Oliveira, técnica em enfermagem. O CMUM Sítio Cercado atende 700 pacientes por dia e necessita de pelo menos 12 médicos, mas atualmente está com menos de seis no quadro de terceirizados.
A paralisação durou uma hora (das 10 às 11 da manhã) e teve adesão de 70% do quadro de trabalhadores. Neste período, os profissionais explicaram à população que estão sobrecarregados e que a prefeitura não tem investido na valorização profissional. O diretor do Sismuc, Juliano Soares, afirmou que a agressão e outros casos de desrespeito ao trabalhador serão discutidos com a secretaria de saúde. “Não é de hoje que denunciamos esse descaso, seja no Sítio Cercado ou em outros centros. Mais do que guarda municipal fazendo segurança do patrimônio público, o CMUM precisa de mais contratações – por concurso – de médicos e profissionais da saúde. Além disso, é urgente a redução da jornada de trabalho para 30 horas e a prefeitura não pode negar isso aos trabalhadores”, afirma Juliano.
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