Aposentadas e aposentados encerram o ano em clima festivo e de fraternidade

Na tarde da última segunda-feira (15), aposentadas e aposentados se reuniram no SISMUC para o último coletivo do ano, em comemoração aos aniversariantes do segundo semestre e celebrar mais um ano de luta entre colegas. 

Dione Garcia, dirigente responsável pela pasta dos aposentados, agradeceu também a todas e todos que também participam da construção deste coletivo. “Este ano assumi a pasta dos aposentados, mas ninguém faz nada sozinho. O coletivo é fruto de um trabalho compartilhado, feito a muitas mãos, especialmente por uma comissão que se dedica, cuida e segue firme na luta. Também deixo meu agradecimento aos funcionários e funcionárias do SISMUC, que fazem tudo acontecer.”

O ponto alto do encontro foi a apresentação do livro “Mulheres com N Maiúsculo – perfis jornalísticos e escrevivências negras”, que reúne 31 perfis de mulheres negras brasileiras, que narram a negritude no centro de suas experiências de vida, abordando também outros temas de relevância, como o acesso à educação pública, o etarismo, a economia solidária, a valorização do SUS, entre outros. Entre os nomes selecionados para compor a coletânea de perfis está o da deputada federal Carol Dartora; Angela Sarneski: sócia-fundadora da Rede de Mulheres Negras do Paraná; Megg Rayara: primeira doutora travesti negra do Brasil; Vanda de Assis, vereadora de Curitiba; Daiane Pazin: médica de família e comunidade; entre outras.

Idealizada e coordenada pela jornalista Claudia Kanoni, com organização da jornalista Aline Reis, a obra é assinada por outras 8 comunicadoras negras. Segundo Carolina Franco, uma das autoras, o livro parte do princípio da escrevivência, em que “as autoras não escrevem sobre as pessoas, mas com elas, reconhecendo a narrativa como um espaço de troca, responsabilidade e cuidado”. Já Carolina Pacífico, também escritora da obra e jornalista do SISMUC, destacou que Curitiba é a capital mais negra do Sul do país, embora negue sua ancestralidade. Para ela, narrar a trajetória dessas mulheres é reafirmar existências e reconhecer a população negra como parte fundamental da construção e da formação da cidade, especialmente em um mundo que insiste em silenciá-las diariamente.

O coletivou finalizou em clima de festa com a troca de presentes de amigo secreto entre as aposentadas e aposentados, em um momento marcado por sorrisos, abraços e afeto. Seguiremos em luta para 2026, pelo fim do desconto de 14% das aposentadorias.