Na última terça-feira (18/03), o SISMUC realizou o Coletivo dos Auxiliares de Serviços Escolares (ASEs), que contou com a participação de mais de 25 profissionais sindicalizados que atuam nas escolas municipais. O encontro teve como objetivo central discutir a pauta de reivindicações de todos os trabalhadores e as trabalhadoras de escola, que será apresentada à gestão municipal nas próximas semanas.
Durante o Coletivo, os ASEs destacaram a falta de condições básicas para o exercício de suas funções nas unidades escolares. Entre os principais problemas apontados estão a ausência de mobiliário adequado, a falta de um local apropriado para descanso e alimentação, e a precariedade das condições de trabalho em geral e a falta de valorização salarial e profissional. Muitos profissionais relataram que, na grande maioria das escolas, sequer há um alojamento adequado para essas necessidades básicas. Além disso, a sobrecarga de trabalho devido ao déficit de servidores foi outro ponto crítico levantado.
A pauta deste ano manteve alguns pontos já discutidos em 2023, mas os profissionais que atuam como ASEs, reforçaram a urgência de revisão do nível de entrada nas carreiras do serviço público e a transição nas carreiras. Atualmente, a exigência para os auxiliares é de nível fundamental, uma realidade que contrasta com a complexidade e a responsabilidade das funções desempenhadas por esses profissionais nas unidades educacionais da capital. A categoria defende que essa exigência seja reavaliada, considerando a importância e a diversidade de suas atribuições.
Outro tema que continuará sendo cobrado é o chamamento dos profissionais ASEs aprovados no último concurso público realizado em 2022, como forma de sanar o déficit existente. Além disso, a realização de um novo certame para a área foi apontada como essencial para garantir a reposição de quadros e a qualidade dos serviços prestados.
Os trabalhadores de escola também reivindicaram o pagamento do vale-alimentação durante o período de férias, a isonomia e paridade na aposentadoria, a oferta de cursos de formação específicos para a categoria e a revisão nos planos de cargos e carreiras, com a garantia de crescimento automático para os profissionais que concluírem alguma formação.
Uma questão emergencial levantada durante o coletivo, e que não se restringe apenas aos ASEs, foi a falta de saídas de emergência nas escolas. Muitas unidades contam apenas com uma entrada e saída, o que pode comprometer a segurança de todos em casos de evacuação emergencial.
Outra demanda emergencial diz respeito a valorização das cozinheiras que também estão na escola, mas, como tiveram suas carreiras extintas em 2022, hoje atuam no pátio da escola. O pedido é que estas profissionais sejam valorizadas e reconhecidas, tendo valorização salarial e profissional.
Ao final do encontro, foi deliberada e eleita a comissão de negociação da pauta, que será composta por oito servidores. Essa comissão terá a responsabilidade de representar a categoria nas discussões com a gestão municipal, buscando avanços nas reivindicações apresentadas.
Assembleia e protocolo das pautas de reivindicações
No dia 25 de março, terça-feira, será realizada a Assembleia Extraordinária no SISMUC (Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar), para apresentação e aprovação da Pauta Geral e das Específicas. É de extrema importância que todas e todos os servidores participem, contribuindo para o debate, a discussão e a votação dos documentos. Apenas com a participação ativa e a organização dos trabalhadores e das trabalhadoras será possível avançar, conquistar e ampliar os nossos direitos.
Outro momento fundamental para garantir que as nossas demandas sejam ouvidas será o protocolo das pautas na gestão municipal, marcado para o dia 31 de março, segunda-feira, às 15 horas, em frente à Prefeitura Municipal. Sua presença é essencial para a luta coletiva.
Juntos e juntas, com união e força, podemos conquistar melhores condições de trabalho e um futuro mais justo para todos e todas!