Desde o início do período eleitoral, ouvimos essa pergunta a cada visita nos locais de trabalho e também a recebemos nas caixas de mensagens das nossas redes sociais e WhatsApp. Agora, durante o segundo turno, a dúvida se intensificou. “Qual candidato o Sindicato apoia para ser o próximo prefeito?”, é normal que os servidores e as servidoras procurem o SISMUC para ajudar nessa escolha, afinal, o/a candidato/a eleito/ano este ano, será o chefe do executivo pelos próximos 4 anos.
É o prefeito quem envia projetos e sanciona as leis que podem mudar, para melhor ou pior, a vida funcional dos servidores públicos. Também, será esta pessoa quem indicará os secretários e secretárias, quem receberá — ou não — os sindicatos para negociações de pautas de reivindicação. Contudo, como bem se sabe, a Lei Eleitoral impede sindicatos de apoiarem candidaturas ou realizarem campanha para A ou B. Apesar disso, somos uma entidade que defende seus princípios e não podemos nos abster da luta pelos direitos dos trabalhadores.
A defesa do serviço e do servidor público é o que está em jogo
É preciso colocar na balança as pautas que defendemos para o serviço público de Curitiba e quais delas constam nos planos de governo de cada candidato. Qual é o projeto de educação que os servidores sustentam? Que seja uma política transformadora, promotora de igualdade para as crianças e estudantes de todos os bairros da nossa cidade. Na prática, buscamos a construção de CMEIs, da valorização salarial de servidores, de contratação via concurso público, da inclusão de crianças e estudantes com deficiência, da garantia de 33% de hora-atividade.
Na saúde pública, o que é indispensável? O acesso universal já é um direito constitucional, porém, ainda precisamos percorrer caminhos para alcançá-lo. O que não precisamos é de uma saúde precarizada, onde os servidores trabalham sobrecarregados e a população espera meses por consultas e exames com especialistas. Os auxiliares em saúde bucal (ASB) aguardam há anos o processo de transição em suas carreiras, são profissionais que merecem sua valorização. Também queremos uma política que assegure o funcionamento pleno das UPAs e das Unidades de Saúde realizada por meio de servidores públicos concursados, não podemos permitir que a saúde seja tratada como mercadoria.
Que a política de assistência social seja um instrumento de transformação na vida das pessoas em situação de vulnerabilidade social. Precisamos da regulamentação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) aqui na capital, de salários dignos aos servidores, combate ao assédio moral e da ampliação de unidades do CRAS e CREAS, além de programas que combatam as desigualdades sociais.
Reivindicamos uma gestão pública democrática, que a escolha de chefias e secretários aconteça de maneira transparente e que os gestores nomeados estejam realmente alinhados com as necessidades dos servidores e da população. É fundamental que o próximo prefeito entenda a importância do papel dos sindicatos que representam os servidores públicos, com abertura para o diálogo.
A educação, a saúde e a assistência social são áreas que precisam receber atenção absoluta do próximo prefeito de Curitiba, mas essas são apenas algumas categorias do serviço público defendidas pelo SISMUC. Representamos as demais pautas dos servidores e servidoras públicas da cidade. Desde o início do período eleitoral, convidamos os candidatos à Prefeitura a assinarem a carta compromisso que reflete as aspirações dos servidores e fornece uma base sólida para orientar a atuação da nova gestão municipal.
Confira aqui a Carta Compromisso do SISMUC.
É com base nessas pautas que convocamos os servidores a avaliarem com atenção as propostas de cada candidato à Prefeitura de Curitiba. Afinal, o futuro do serviço público e a qualidade dos serviços que prestamos à população estão em jogo. O que conquistamos até aqui — por meio de muita luta, de mobilizações, de greves, de negociações e articulações, queremos que seja perdido ou desarticulado?
Vamos juntos, servidores e servidoras, construir uma cidade que valorize o serviço público, a justiça social e o bem-estar de todos os curitibanos! Não podemos esquecer, independe do resultado, nós, servidores e servidoras, precisamos estar cada dia mais organizados e mobilizados, pois sempre estaremos do outro lado da mesa de negociação.