“A cidade educadora não está tão educadora assim”, afirmam profissionais da educação infantil

A noite desta quinta-feira (07/04), foi de definição dos rumos a serem tomados pela categoria de servidores que atuam nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), de Curitiba. Isso porque, foi realizado o encontro do Coletivo da Educação Infantil, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISMUC).

Na pauta, a situação caótica que as profissionais estão vivenciando nos CMEIs. A realidade que era difícil, está ainda mais grave este ano, já que a falta de servidoras se tornou ainda mais crítica com o aumento no número de crianças nos espaços, inclusive de crianças com deficiência. Essa realidade sobrecarrega as profissionais, coloca em risco a segurança física, emocional e afetiva das crianças, e limita o atendimento de qualidade a todos que precisam dos serviços.

Neste contexto, para pressionar a solução desses problemas, as servidoras relataram que há uma vontade muito grande em fazer greve, paralisando os serviços nos CMEIs. Com isso, a partir do debate, o Coletivo deliberou pela realização de um grande ato pedagógico, a ser realizado no sábado, dia 30 de abril, no centro de Curitiba. O objetivo é continuar mobilizando a categoria e a comunidade, para denunciar e chamar atenção para a situação precária existente nas Unidades.

“Curitiba está falando que a educação pública é modelo, mas não é, neste ato pedagógico que iremos realizar dia 30 de abril, queremos mostrar que a cidade educadora não está tão educadora assim”, afirmam as profissionais.

Piso Nacional – Durante o Coletivo, também foi explicado que a Prefeitura de Curitiba deve aos profissionais de educação infantil um aumento de 37,73% nos salários, — reajuste maior do que o valor definido nacionalmente que é de 33,24% —, visto que os professores do município recebiam um piso salarial menor.

Sobre isso, a direção do SISMUC enviou uma nota técnica a Prefeitura com os cálculos dos pagamentos que devem ser feitos, juntamente com a cobrança de pagamento aos servidores. Vale destacar que, a justificativa da PMC de dizer que não tem dinheiro para quitar essa divida com os profissionais não se aplica, pois, não é aporte do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), mas sim responsabilidade orçamentária do órgão público municipal.

Novos conselheiros -Durante o Coletivo, também foram escolhidos as/os novas/os conselheiras/os para integrar o Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), o Conselho Municipal de Educação (CME) e os integrantes do Coletivo que passarão a compor as mesas de negociação com a Prefeitura.