CuritibaPREV é um saco sem fundo, insustentável e sem transparência

A CuritibaPREV, previdência complementar que a gestão Greca
quer impor aos servidores, é um saco sem fundo onde a gestão injeta cada vez
mais dinheiro público. Um novo pedido de aporte milionário vai ser votado na
Câmara Municipal na próxima semana
graças à bancada aliada do desprefeito que
colocou o projeto em regime de urgência. Com
[BB1]esse
novo aporte, serão 18 milhões de reais de verbas públicas destinadas à
previdência privada em apenas quatro anos.

E o pior é que o dinheiro público está sendo destinado para
um plano de previdência que é insustentável, um verdadeiro cabide de empregos e
sem nenhuma transparência! 

CuritibaPREV já nasceu falida

O desprefeito tentou, mas as servidoras e servidores não
embarcaram nessa canoa furada e não aderiram ao plano de previdência
complementar. Isso porque os trabalhadores entendem a importância de defender o
Instituto de Previdência Municipal de Curitiba (IPMC) e sabem que as promessas
da CuritibaPREV não passam de ilusão.

No próprio site da CuritibaPREV, a informação é de que são
apenas 1.402 participantes, o que demonstra que esse é um projeto que já nasceu
falido e totalmente insustentável.

Cabide de empregos

Enquanto pede aportes milionários à Prefeitura, a
CuritibaPREV não abre mão dos salários grandes para o alto escalão. O diretor
presidente, José Luiz Costa Taborda Rauen, recebe um salário de R$ 19,5 mil. E
ainda tem direito a vale alimentação, um benefício que nem todos os servidores
e servidoras municipais possuem. Enquanto isso os servidores amargam
congelamento dos planos de carreira e arrocho salarial.

Além
disso, Rauen era presidente do IPMC na época da criação da CuritibaPREV, ou
seja, acompanhou e esteve do lado da gestão Greca durante as duras retiradas
financeiras do IPMC que chegaram a R$ 700 milhões. O gestor, também enquanto
presidente do IPMC, sabia do rombo que a Prefeitura estava prestes a gerar na
previdência dos servidores e mesmo assim fez coro aos 3% que a gestão Greca
deixou de repassar ao IPMC. Seria esse um interesse pessoal de garantir o seu
alto salário?

Falta de transparência

Os vereadores vão votar o novo aporte ao CuritibaPREV sem
ter certeza da aplicação do dinheiro. Nem sequer os demonstrativos contábeis de
2021 foram disponibilizados para a consulta dos servidores e dos próprios vereadores.
No site da fundação, as informações contábeis disponibilizadas vão apenas até
2020. Ou seja, não existe interesse de que esse projeto seja debatido em
sociedade.

E se o IPMC tem cálculos atuariais complexos e um
representante dos servidores no conselho de administração, a CuritibaPREV recebe
verba pública sem prestar esclarecimentos. Há muitas informações de interesse
público que poderiam – e deveriam – ser disponibilizadas no site da fundação,
tais como as informações financeiras detalhadas e atualizadas, além das atas
das reuniões do conselho fiscal e deliberativo.

Mas, se a CuritibaPREV é furada, por que a gestão municipal
insiste em colocar o dinheiro público em um fundo insustentável?

É assim, sem diálogo e sem transparência que Greca e seus
vereadores aliados continuam retirando direitos dos servidores municipais,
enquanto do outro lado são extremamente generosos com um modelo de previdência
privada insustentável, que é um verdadeiro cabide de empregos!

Em defesa do IPMC

Ao mesmo tempo em que demonstram muita generosidade com a
CuritibaPREV, Greca e seus aliados vão cada vez mais fundo nos ataques ao IPMC.
Depois de retirar R$ 700 milhões de reais da previdência dos servidores
municipais em 2017, o desgoverno Greca seguiu com uma série de ataques ao
instituto.

Aderindo à cartilha de Bolsonaro de destruição da
previdência dos trabalhadores, o desprefeito ampliou a alíquota e ainda aprovou
a retomada da contribuição do IPMC de servidores já aposentados que ganham a
partir de um salário-mínimo. Agora, implementou a Reforma da Previdência no
município, o que torna a aposentadoria dos trabalhadores muito mais distante.

Só que a verdade é que o déficit enfrentado hoje pelo IPMC
não tem a ver com o instituto. É fruto da política do desprefeito de acabar com
o serviço público. Se fossem realizados novos concursos públicos, retomados os
planos de carreira e houvesse a devida recomposição salarial, o IPMC não
estaria enfrentando o déficit que hoje é usado como justificativa para novos
ataques. Ou seja, Greca provoca a crise para depois usá-la como desculpa para
mais e mais retiradas de direitos.

Manifeste sua indignação!

Os servidores e servidoras municipais se unem em ato em frente à Câmara Municipal nesta terça-feira (7), a partir das 8h, para impedir a aprovação do Projeto de Lei que congela o plano de carreira dos servidores até 2023 e contra o novo aporte milionário à fracassada CuritibaPREV.



Vamos dizer basta aos ataques vindos da gestão Greca! Reúna os seus colegas nos locais de trabalho, coloque sua camiseta de luta e participe da mobilização.