Em meio a um dos piores momentos da pandemia de coronavírus no Paraná, os Kits de Alimentação entregues pela Prefeitura às famílias de alunos da rede municipal de Curitiba foram reduzidos. Agora, os kits que começaram a ser distribuídos na volta das aulas presenciais não incluem componentes perecíveis como frutas, verduras e legumes.
E
para piorar, a gestão Greca noticiou que o kits têm mais que o
dobro de calorias previstas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), ocultando a diminuição na composição dos kits
e a importância do fator nutritivo desses alimentos retirados das
entregas. Atualmente, o kit alimentação é somente composto por
arroz, feijão, macarrão, fubá, farinha e leite em pó.
O
Conselho de Alimentação Escolar (CAE) realizou um encontro online
na última semana para discutir essa situação. Durante a reunião,
os sindicatos SISMUC e SISMMAC e outras conselheiras cobraram uma
resposta da Prefeitura sobre o motivo da redução e exigir a
inclusão de alimentos perecíveis. Em resposta, os representantes da
administração afirmaram que os alunos do ensino híbrido já
estavam recebendo as frutas e verduras durante o lanche nas unidades
escolares.
No
entanto, parece que a Prefeitura se esqueceu das famílias que
optaram pelo ensino exclusivamente remoto que vão deixar de receber
esses alimentos importantes para uma alimentação balanceada dos
alunos. Além disso, com a suspensão das aulas presenciais,
decretada na última sexta-feira (26), o grupo de alunos do ensino
híbrido que frequentariam as unidades escolares nesta semana também
ficarão sem esses alimentos perecíveis.
Outra
questão levantada na reunião foi a logística da entrega dos kits
alimentação, pois muitas unidade, além de não ter uma estrutura
adequada para armazenar centenas de kits, sofrem com a falta de
profissionais para realizar as entregas às famílias.
Questionados
por essa medida incoerente, os representantes da Prefeitura não
conseguiram apresentar uma justificativa para a diminuição e
mantiveram a orientação em relação à distribuição dos Kits.
Por isso, o Conselho notificou a Prefeitura com todas essas questões
para exigir explicações.
E
a resposta é urgente! Não podemos permitir que a gestão Greca saia
impune ao se vangloriar da quantidade de calorias no kit ao mesmo
tempo que retira frutas, verduras e legumes da alimentação de
muitas crianças que passaram a depender do kit alimentação para
suplementação de suas necessidades nutricionais.
