Aulas presenciais: servidores com mais de 60 anos ficarão expostos

A
Prefeitura vai exigir que servidores com mais de 60 anos, lactantes e
hipertensos voltem para o trabalho presencial no retorno das aulas.

O assunto foi tema da reunião do

Comitê de Volta às Aulas
,
que aconteceu na terça-feira (13), com participação de servidores
da área de Saúde Ocupacional da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Os
representantes do SISMUC e do SISMMAC questionaram o critério usado
pela gestão para definir o grupo de risco que deve ser afastado do
trabalho presencial neste momento
.
A Prefeitura tem afastado os servidores com idade a partir dos 65
anos
, contrariando a
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que inclui
idosos a partir dos 60 anos no grupo de risco.

No
último dia 7, o Ministério da Educação também divulgou o
Guia
de Implementação de Protocolos de Retorno das Atividades
Presenciais nas Escolas de Educação Básica
,
orientando que trabalhadores a partir de 60 anos, gestantes e
lactantes não retornem para atividades presenciais neste período de
pandemia.
Mas a gestão do
desprefeito Rafael Greca não considera essas recomendações.

No
eventual retorno das aulas presenciais, serão afastados apenas os
servidores comorbidades previstas no Decreto Municipal 430/2020. Quem
tiver hipertensão, por exemplo, sem outra comorbidade associada, vai
retornar para o dia a dia do equipamento, assim como as lactantes. As
situações de afastamento deverão passar pela Perícia Médica,
inclusive se ocorrer casos de Covid-19.

Os
sindicatos lembraram que outras prefeituras adotaram critérios
diferentes, respeitando a idade a partir dos 60 anos. A postura da
administração coloca os servidores idosos em risco, especial se o
retorno das aulas presenciais ocorrer sem a garantia de vacina e de
testes em massa para a população. A gestão poderá ser
responsabilizada por isso.

Durante a reunião esta semana, foi debatido o protocolo de prevenção à
Covid-19 que deverá ser adotado pelos estudantes.

Ainda
serão realizadas duas reuniões do 
Comitê,
composto em sua
maioria por integrantes da gestão Greca. A reunião que ocorrerá na
próxima semana deve finalizar os protocolos que serão submetidos
para análise da Vigilância Sanitária e do Comitê de Ética Médica
da Prefeitura. Depois, o documento volta para revisão final do
Comitê de Volta às
Aulas.

Os
sindicatos convocarão as servidoras e servidores para debater em
assembleia os protocolos que serão finalizados na semana que vem.
A
lém de ampliar o debate e ouvir a opinião de quem terá a
responsabilidade pela vida das crianças e demais colegas de trabalho
no caso de um eventual retorno, a assembleia também definirá uma
posição unitária dos servidores para ser apresentada na última
reunião.

Continuamos
firmes com a n
ossa
campanha em defesa da vida dos alunos e familiares: ano letivo se
recupera. Vidas, não. Volta às aulas presenciais segura só com
vacina!