Em
meio à pandemia do coronavírus, o Paraná está sofrendo também
com a epidemia de dengue. De agosto de 2019 a março de 2020 foram
registrados 76.655 casos de dengue e 57 mortes no estado, conforme
informações da Secretaria de Estado da Saúde. O aumento dos casos
de dengue é mais um fator que pressiona o já sobrecarregado sistema
de saúde pública.
Devido ao trabalho de fiscalização
e redução dos criadouros do mosquito aedes aegypti, transmissor da
doença, realizado pelos agentes de combate às endemias (ACEs), os
casos de dengue em Curitiba estão controlados. O trabalho dos ACEs é
de extrema importância para o controle da doença, que em Curitiba
tem maior incidência na região do Bairro Alto.
Porém,
durante este período de situação de emergência para controle e
enfrentamento do coronavírus, os ACEs da capital paranaense estão
trabalhando com risco de contaminação da Covid-19. A categoria não
recebeu máscaras faciais para proteção e não foi orientada pela
gestão afim de evitar e reduzir os riscos de contágio durante
visitas de fiscalização que realizam.
Existe
um decreto vigente pelo próprio município que exige o uso de
máscaras e orienta o distanciamento social de 1,5m, mas para os ACEs
a gestão Greca não está fornecendo as máscaras e nem promovendo o
distanciamento recomendado!
A
orientação das chefias é para que os ACEs comprem suas próprias
máscaras. Foi fornecida embalagem pequena de álcool em gel com a
orientação para durar por 40 dias! Em média são 9 ACEs
transportados de Kombi até a área de trabalho, que estão sem
máscara fornecida pela gestão, sem o distanciamento necessário e alguns veículos com manutenção precária.
É
obrigação da Prefeitura fornecer as máscaras e demais equipamentos
de proteção individual para os ACEs e promover ações de proteção
coletiva. Eles são funcionários da administração pública e
trabalham na Saúde Pública. É um descaso da gestão o que está
ocorrendo com a categoria.
O
SISMUC já oficiou a Prefeitura sobre esta situação, mas até o
momento os ACEs continuam esquecidos pela administração. Não
podemos deixar que o coronavírus seja motivo para tanto descaso com
trabalhadores que não podem parar neste momento e são essenciais
para a saúde pública.