Após luta da categoria, 45 novos agentes de combate às endemias são convocados

Uma rotina de muito trabalho, com profissionais
sobrecarregados e pouco valorizados. Essa é a realidade que os agentes de
combates às endemias (ACEs) enfrentam em Curitiba.

Atualmente, são pouco mais de 60 profissionais responsáveis
por combater a dengue e outras endemias nos 432 km² de Curitiba. Com isso, cada
agente precisa ficar responsável pela fiscalização de 9 mil residências.

Embora a Prefeitura faça questão de apontar Curitiba como município
com baixo risco de dengue, a realidade não é bem assim. A verdade é que o
número de casos de dengue está crescendo. Até setembro de 2019, já tivemos 88
casos de dengue confirmados no município, um aumento de 76% em relação a 2018.

E, em Curitiba, há muitos focos do mosquito transmissor da
dengue e de outras doenças como zika e chicungunha – o Aedes aegypti. Só na regional Boa Vista já foram 169 focos
confirmados do mosquito até setembro deste ano e na regional CIC foram 139. Então,
para que uma contaminação por dengue saia do controle basta apenas que uma
pessoa infectada seja picada dentro dos locais com focos positivos e a doença
se alastre por meio do mosquito transmissor.

Por isso, o trabalho dos ACEs é tão importante, ainda mais
com a chegada do verão, quando o mosquito se prolifera ainda mais rapidamente.

Diante dessa realidade, a convocação pela Prefeitura de mais
45 agentes
de combate às endemias aprovados em processo seletivo, noticiada no
dia 01 de novembro, é uma vitória importante para a categoria e para a
população curitibana, que ficará mais protegida contra essas doenças tão
perigosas.

Mas, vale lembrar que a categoria permanece mobilizada, já
que os outros itens da pauta de reivindicação não foram atendidos – e sequer
negociados pela Prefeitura!

Relembre as reivindicações:

– Reajuste salarial para R$ 2.018,69;

– Pagamento de gratificação por risco de saúde;

– Criação e implementação de plano de carreira;

– Mudança na exigência de escolaridade para nível médio, com salário compatível com a escolaridade;

– Implementação do quinquênio no valor de 5% no salário-base.