SISMUC e SIMEPAR se reúnem para debater ataques à saúde

O SISMUC e representantes de todas as Unidades de Saúde de
Curitiba se reunirão na próxima quarta-feira (17) com o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR). O
encontro tem como objetivo organizar estratégias e ações para realizarmos mobilizações
conjuntas contra a privatização das UPAs e os processos de contratação através
da terceirização de serviços. A união entre os sindicatos foi debatida
durante o coletivo da saúde na segunda-feira (9) e acontece na sede do SISMUC a
partir das 9h.

Todos os encaminhamentos da reunião serão debatidos com os servidores
em seus respectivos locais de trabalho e amplamente divulgados pelos meios
de comunicação
oficiais do sindicato. O comprometimento com a luta
organizada contra a privatização e terceirização foi tema central do coletivo
da saúde do mês de setembro e continuará sendo colocado como uma prioridade!

Mais um ataque da gestão Greca!

O processo de precarização da saúde está em curso há muito tempo,
nesta terça-feira (17) a Câmara dos Vereadores mostrou mais uma vez que a qualidade da saúde
não é uma prioridade para gestão Greca! Foi aprovado em segunda instância a mudança
do nome da Fundação Estatal de Atenção Especializada a Saúde (FEAES) para
Fundação Estatal de Atenção à Saúde (FEAS).

A alteração que parece não significar muito, na verdade regulamenta
a terceirização na saúde.
A contratação de profissionais através da FEAES
que era permitida somente na atenção especializada, agora também pode ser feita
nas Unidades Básicas de Saúde responsáveis pelo atendimento primário a
população.

É importante lembrar que a FEAES já contratava profissionais
para todos os cargos na assistência especializada como Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), ambulatórios de
especialidades, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Hospital do
Idoso, Laboratório Municipal da Saúde de Curitiba e Maternidade do Bairro Novo.
Os cargos contratados pela FEAES podem ser consultados no portal transparência da própria fundação. 

Ao alterar o texto da Lei 13.663 a administração abre
mais as portas para terceirização e futura privatização da saúde pública. 
As
contratações temporárias através de Fundações, Organizações Sociais (OS) e por
Processo Seletivo Simplificado (PSS) apresentam um mesmo padrão: contratos
temporários e precarizados.
A falta de direitos trabalhistas, a sobrecarga
de trabalho e a não criação de vínculo com os pacientes, são só algumas das
preocupações do que essas contratações representam.