Coletivo da Saúde se reúne no dia 25 para debater a avaliação funcional

A Avaliação
Funcional (AF) foi apresentada pela secretária municipal de saúde, na última
reunião do Conselho Municipal de Saúde. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), esse será o novo instrumento de avaliação dos profissionais da saúde.

O SISMUC protocolou ofício solicitando uma reunião com a secretária de saúde, Márcia Huçulak, para tratar do assunto. Temos sérias críticas ao modelo de avaliação proposto e também à forma como
está sendo implementado, de forma vertical (de cima pra baixo), sem nenhum diálogo com os servidores ou com
seus representantes legais.

Por isso
estamos convocando uma reunião do Coletivo da Saúde do SISMUC para o dia 25 de
outubro
, quinta-feira, às 14h, na sede do sindicato (Rua Monsenhor Celso, 225,
auditório do 2º andar)
. Nesta reunião iremos debater esse instrumento de
avaliação, bem como outros tantos ataques que os trabalhadores da saúde de
Curitiba estão sofrendo.

Ataque aos direitos dos servidores da saúde 

A gestão
“Sindicato é pra Lutar” assumiu o SISMUC no dia 01 de setembro. Nesse pouco
mais de um mês e meio nos dividimos entre nos apropriarmos das demandas
internas do sindicato e as visitas nos locais de trabalho, para levantar as
demandas das diferentes áreas.

Nestas visitas
tem sido evidente o descaso da
administração Greca para com os servidores e os serviços públicos
que são
oferecidos para a população curitibana. Na saúde, são diversos os ataques, como
falta de profissionais, que gera sobrecarga e adoecimento; falta de materiais
básicos e péssimas condições de trabalho. Somado a isso temos o desmonte da Estratégia de Saúde da Família (ESF); a terceirização das UPAs via Organizações
Sociais; fechamento de leitos; falta de estrutura dos CAPS, entre outros.

Na reunião do
dia 25 queremos também apresentar o andamento de ações jurídicas já existentes
e avaliar a necessidade de novas ações, não só jurídicas, mas principalmente de
mobilização para barrar todos esses ataques.

Avaliação Funcional

O instrumento
de avaliação funcional proposto pela prefeitura é baseado em modelos gerenciais que abrem brecha para a coerção e o
assédio moral pelas chefias
. Ele é totalmente baseado em fatores de
avaliação subjetivos que não levam em consideração a realidade e as condições
em que esse servidor está atuando. Além disso, a cada falta lançada no boletim
de frequência será descontado 5 pontos da avaliação final. Isso também é uma
forma bastante usada para coagir os trabalhadores a não aderirem a greves ou
movimentos paredistas.

Precisamos
debater essa avaliação e nos mobilizarmos para evitar mais esse ataque aos servidores
da saúde. A melhoria na eficiência e eficácia nas ações em saúde somente será
possível com mais investimentos, mais contratações e construção coletiva e
democrática da gestão nas unidades.