Nota de solidariedade aos estudantes que sofrem perseguição política

A direção do
SISMUC se solidariza com os estudantes da Universidade Federal do Paraná
(UFPR) que estão sofrendo perseguição política por parte da instituição devido
à ocupação de 2015.

Uma conciliação
para a extinção do processo já foi solicitada pelos estudantes junto a
Advocacia Geral da União, entretanto, até o momento, não houve resposta. E os estudantes
reivindicam que a administração da Universidade se posicione o quanto antes,
caso contrário, os envolvidos no processo poderão ter que pagar um valor de R$
473 mil por lutarem por seus direitos.

Desde a campanha
eleitoral, o atual reitor, Ricardo Marcelo, afirma que é contra a
criminalização do movimento estudantil, entretanto, nunca trouxe a público
essa posição. Entretanto, se essa é mesmo a vontade política do atual
reitor, agora é a hora!

Entenda o cenário
no qual a ocupação ocorreu

Em 2015, o
movimento estudantil da UFPR estava mobilizado contra uma série de cortes
sofridos pela educação pública federal. Mas, também haviam
reivindicações locais contra o aumento do Restaurante Universitário, corte de
bolsas, pela abertura das contas da Universidade, além de várias pautas
relacionadas à estrutura, como acessibilidade e iluminação.

O rompimento das
negociações com a Reitoria, na época, levou os estudantes a ocuparem a UFPR. O
movimento estudantil elegeu uma comissão para negociar com o então reitor, Zaki
Akel Sobrinho, e a Reitoria se comprometeu a atender a pauta estudantil.
Entretanto, apenas a reivindicação relacionada ao congelamento do valor
do RU foi atendida.

As demais
reivindicações foram negligenciadas pela administração da Universidade, que
iniciou um processo contra os nove estudantes que faziam parte da comissão de
negociação.

Nós, do SISMUC,
entendemos que a ocupação é um instrumento legítimo da luta do
movimento combativo.Defender os estudantes criminalizados é defender
o direito de lutar por nossas reivindicações e por uma universidade pública de
qualidade.

Todo
apoio àqueles que não se calam diante dos ataques! Firmes!

Nota conjunta publicada pelo SISMUC, SISMMAC e pelo SIFAR