Categoria aprova prestação de contas e política do Sismuc de 2017

O Sismuc fez a prestação de contas do ano de 2017. Os valores utilizados foram aprovados por unanimidade pela categoria presente em assembleia geral. O sindicato arrecadou R$ 3,280 milhões com seus mais de 10 mil sindicalizados e investiu R$ 3,270 milhões, fechando o ano de 2017 com saldo positivo. Além disso, foi realizado o balanço político e jurídico da entidade.

O ano passado foi especial por conta da campanha de lutas “Sou + Municipais”. Ela se estendeu devido ao Pacote de Maldades do prefeito Rafael Greca (PMN). A data-base, por exemplo, que era em 31 de março, foi transferida pelos vereadores para 31 de outubro, sendo que em junho e julho ocorreram os grandes atos de enfrentamento com a Prefeitura de Curitiba. Somente isso fez com que o sindicato destinasse cerca de 500 mil reais para fazer a campanha de lutas.

Em 2017, o sindicato também realizou a compra de duas salas no 2o andar da Rua Monsenhor Celso. Essa aquisição patrimonial foi autorizada em assembleia da categoria com o intuito de melhorar o atendimento dos sindicalizados. “O aumento da atividade sindical para garantir nossos direitos e a aquisição de patrimônio fizeram com que a entidade destinasse mais verbas para ações, que é sua finalidade. Por outro lado, o Sismuc fechou o ano com saldo positivo, garantindo a saúde financeira da entidade”, contextualiza a coordenadora geral Irene Rodrigues.

As contas da entidade foram aprovadas pelo conselho fiscal sem nenhuma restrição com relação a forma como as verbas foram empregadas. A ata do conselho foi confirmada em 19 de março de 2018 e ratificada na assembleia de hoje (22).

Balanço Político e jurídico

Durante a assembleia, a diretoria também fez a análise política do ano de 2017: o primeiro de gestão de Rafael Greca. Nesse ano foram feitas diversas paralisações, acampamento ao lado da Câmara Municipal, ocupações e greve contra os doze projetos do Pacote de Maldades.

Para Soraya Zgoda, coordenadora de comunicação, o ano foi repleto de lutas em defesa dos servidores públicos. “Passando tudo a limpo, podemos ver que embora Greca tenha sido desumano, fomos para o embate contra seu autoritarismo. Não poupamos recursos e esforços para que os servidores fossem respeitados”, enfatiza.

O advogado do sindicato, Ludimar Rafanhim, também apresentou as questões jurídicas. “Nós saímos da greve com seis interditos proibitórios e quatro pedidos de reintegração de posse. Isso é resultado de toda mobilização com a justiça”, recorda o advogado.

O sindicato também entrou com ações judiciais contra os pacotaço como a garantia dos planos de carreira, auxílio alimentação e vai entrar com ação direta de inconstitucionalidade contra o saque no IPMC.

“Ganhamos todas ações dos auxiliares de serviço escolares, da licença prêmio e gratificações da FAS. O sindicato ainda ganhou ação para 800 guardas municipais e de um milhão de reais para quarenta servidores do serviço funerário”, elenca Ludimar.

A entidade ainda conquistou reparações financeiras como a incorporação de valores referentes às remunerações variáveis ao 13o salário. Atualmente, o Sismuc tem 46 ações coletivas, sem contar a ação de auditores em saúde, e 232 ações individuais até dezembro de 2017. “Tantas ações judiciais fizeram com que o Sismuc venha implementar uma sessão administrativa dentro do site para que os servidores possam acompanhar os assuntos de seu interesse”, explica Adriana Claudia Kalckmann, coordenadora de assuntos jurídicos do Sismuc.

Mobilizações

Ao final da assembleia, a categoria foi convocada a participar da campanha de lutas deste ano, “Mexeu com você, mexeu comigo”. Neste domingo (25), às 13 horas, ocorre o ato 325 anos de Curitiba, com Greca, não há o que comemorar”. A mobilização ocorre no Parque Barigui, em frente ao salão de atos.