Política para juventude de Curitiba é ‘fake’

O Conselho Municipal
de Juventude se reuniu no dia 8 para debater o calendário de
reuniões e fazer um balanço da secretaria de esporte, lazer e
juventude (Smelj) em 2017. A próxima reunião ocorre dia 22 de
fevereiro. Nesse encontro ocorre a primeira reunião ordinária.

É papel do conselho
discutir políticas públicas. De acordo com a gestão de Curitiba, o
primeiro ano de mandato do prefeito Rafael Greca (PMN) enfatizou o
combate à violência que envolve jovens. A estratégia do governo
municipal é realizar ações culturais e de esporte. Por outro lado,
a gestão ficou marcada pelo projeto “Balada Protegida”, que
focava apenas nos jovens da região central de Curitiba, não
envolvendo o jovem mais periférico.

Para Marina Alzão,
integrante do conselho, a Prefeitura de Curitiba não enfrenta a
centralidade dos problemas para os jovens. Segundo ela, o governo
deveria se debruçar em relação a geração de empregos, garantia
de permanência nas escolas e políticas sociais de formação
direcionadas ao combate ao racismo, homofobia e machismo. A gestão,
por exemplo, em vez de discutir o passe livre, foca suas ações,
inclusive com a Guarda Municipal, em reprimir os jovens considerados
fura
catraca, que atende os interesses dos empresários de ônibus.

“A visão da
Prefeitura de Curitiba é de maquiar a juventude em saraus,
assembleias ‘fakes’ em que se discuta uma luz em uma quadra, mas
não abre espaço para o debate de política de governo que dê
protagonismo para a juventude”, compara Marina.