Recicladores cobram campanhas de separação do lixo

Recicladores do
movimento Inter Redes se reuniram para debater economia solidária e
a necessidade de contribuir para o INSS e garantir a aposentadoria. O
grupo aproveitou o momento para cobrar a gestão da Prefeitura de
Curitiba com relação a campanhas de incentivo à separação do
lixo. Os recicladores também reclamam que estão com contrato
vencido há mais de um ano com o governo municipal. Esse texto
determina quanto é pago por tonelada recolhida.

De acordo com
Rejiane Costa, representante do Inter Redes, tem ocorrido atraso no
credenciamento dos recicladores. O contrato venceu no governo de
Gustavo Fruet (PDT) e não foi refeito na nova administração. “A
gente não teve reajuste nos valores e nos benefícios”, lamenta.
Atualmente é pago R$ 160 por tonelada de lixo reciclável. O
contrato foi firmado em abril de 2015.

O movimento também
cobra a necessidade de campanhas educativas para separação adequada
do lixo orgânico e do reciclável. Para o movimento, a correta
classificação auxilia na possibilidade de conseguir recolher mais
recicláveis do que rejeitos, ampliando também os rendimentos dos
trabalhadores. “Atualmente, os rejeitos vão para o lixão de
Curitiba com uma média de oitenta por cento de recicláveis. Por
outro lado, os recicláveis acabam indo para as associações com uma
média de quarenta por cento de lixo comum”, compara.

Para Casturina
Berquó, coordenadora de movimentos sociais do Sismuc, os
recicladores precisam de mais atenção da sociedade e do poder
público. “Nesse atual momento, temos visto desmonte de políticas
públicas municipais em diversas áreas. E esses trabalhadores são
os que mais dependem do serviço público. Por isso, é fundamental
ajudar na organização deles, pois tem efeito no trabalho dos
servidores municipais”, associa Casturina.