Encontro do Coletivo Estadual da Juventude da CUT-PR organiza plano de lutas para o 2º semestre

O Encontro do
Coletivo Estadual da juventude da CUT- Paraná, ocorrido nos dias 21 e 22
de julho, em Guarapuava, contou com a participação da juventude ligada a vários
sindicatos, movimentos sociais e demais segmentos. O objetivo da atividade foi
avaliar o protagonismo da juventude nas últimas mobilizações que vem ocorrendo
por todo Brasil. O encontro também foi fundamental para trocas de experiências dos
setores representados e para ampliar e fortalecer coletivos regionais da
juventude em luta e resistência contra as políticas de retirada de direitos.

Segundo a coordenadora
de Juventude do Sismuc, Taise Santana, a abordagem sobre a atual conjuntura trouxe o
debate sobre as mobilizações dos estudantes secundaristas, que ocuparam as
escolas do Paraná e de outros estados contra a reforma do ensino médio proposta
pelo governo Temer. “A juventude entrou para a história em um movimento de luta
e resistência contra a reforma educacional imposta pelo governo ilegítimo,
desrespeitando as organizações já estabelecidas pela sociedade, como a
Conferência da Educação, Fórum da Educação, Conselhos Educacionais, entre
outros”, frisou Taise.

Outra observação
feita pela coordenadora da pasta foi em relação aos futuros desafios, como, por
exemplo, a definição de estratégias regionais de enfrentamento aos ataques contra
a classe trabalhadora. “O Encontro nos proporcionou a possibilidade de avaliar
o potencial e as possíveis dificuldades da luta e, ao mesmo, propôs
apontamentos para ações futuras na resistência contra os ataques contínuos à
classe trabalhadora, os quais afetam a todos e mais diretamente a juventude,
que cedo se engaja no mercado de trabalho em condições precárias, tendo que
conciliar trabalho com estudo. Isso a divide, fazendo com que os jovens se vejam
obrigados a optar entre um ou outro”, pontuou.

Por fim, o encontro serviu também para reafirmar que o jovem, cada um com suas
especificidades, sendo ele do campo ou da cidade, precisa assumir seu
protagonismo na construção de políticas públicas voltadas à inserção social de
forma justa e igualitária. “Temos de construir coletivamente uma sociedade na qual
nós, jovens, sejamos capazes de falar por nós mesmos. Temos um congresso
formado por homem velhos e brancos que se dizem nossos interlocutores. No entanto, queremos
ser ouvidos e atendidos no que se refere ao nosso papel na sociedade”, finaliza
a coordenadora do Sismuc.