ÁGORA: O futuro do Brasil está em jogo

O Brasil está em chamas. A crise
política agravada pelas denúncias de corrupção contra o
presidente Michel Temer transformaram o país em um grande palco em
disputa. De um lado, políticos, mercado financeiro, grande mídia e
parte da justiça tentando retirar direitos da classe trabalhadora.
De outro, o povo organizado em movimentos sindicais e sociais
resistindo. O futuro é incerto.

Esses são os destaques da revista
Ágora desse mês. A sua reportagem de capa mostra como foram as
ocupações ocorridas em Curitiba no começo de maio. De um lado, a
mídia tentando criminalizar os manifestantes chamando-os de
baderneiros e vagabundos. Adjetivos que tentam esconder a realidade
sofrida do povo. Do outro, gente humilde e guerreira lutando pelas
transformações necessárias no país no campo, na cidade e por
segmentos como negros, mulheres, serviço público etc. É disso que
trata a reportagem de capa realizada pelo jornalista Gibran Mendes
com fotos de Leandro Taques.

A revista também destaca o retorno
da agenda neoliberal com o sucateamento das nossas riquezas e sua
privatização. Verdadeiros “assaltos” ao patrimônio nacional. O
jornalista Pedro Carrano mostra quais foram os impactos desse modelo
20 anos após a Vale do Rio Doce ter sido privatizada. Com imagens de
Joka Madruga, se vê os impactos de uma privatização que tem em seu
“currículo” o grande desastre de Mariana.

Já a jornalista Déborah Lima foca
a organização dos municipais por meio da Confetam. A Confederação
renovou seus quadros e se fortaleceu para poder os ataques que o
serviço público tem enfrentado com relação a sua carreira e
previdência.

A reforma trabalhista também é
destaque em texto de Paula Zarth Padilha. A repórter mostra que os
mais de 200 artigos alterados da Consolidação das Leis Trabalhistas
tem foco em aumentar o lucro das empresas e patrões e retirar muitos
direitos da classe trabalho.

No campo da opinião, o filósofo
Pedro Elói destaca livro de BoaVentura Souza Santos que trata do
patrimonialismo, colonialismo e patriarcado no Brasil. Já Anísio
Homem discute a conjuntura mundial e a iniciativa do presidente dos
Estados Unidos Donald Trump tentar promover guerras para aquecer o
mercado interno bélico. Ainda no campo da opinião, o professor Ivo
Pereira de Queiroz esclarece porque o mês de maio é “descartado”
pelo movimento negro.

Nas colunas, o destaque do “Radar
da Luta” é para as Diretas Já, pauta que toma conta do país. Em
“Ponto de Vista” se “apresenta” três cantoras feministas que
lutam contra a opressão. Em “Três cliques”, o foco são os
ribeirinhos paraenses. A revista traz a sessão “Cartoon”. Nela
se traduz o sentimento de boa parte da população: “é preciso
resetar o Brasil”.

Ágora é uma revista do Sindicato
dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). Ela é
distribuída gratuitamente e também acessada digitalmente no
link.
Boa leitura!