Assembleia no dia 17 define rumos da greve

Nesta segunda-feira, 17, ocorre uma assembleia geral para
definir os rumos da greve marcada para o dia 18. A paralisação por tempo
indeterminado é contra os doze projetos de lei que tramitam na Câmara Municipal
de Curitiba. As propostas visam retirar direitos dos servidores municipais como
a alteração da data-base para novembro, o congelamento dos planos de carreira e
o aumento da alíquota do Instituto de Previdência Municipal de Curitiba. Além
disso, o Pacote de Maldades enviado por Greca ao Legislativo também aumenta
impostos para a população mais pobre e o povo. É o caso do aumento de 2,4% para
2,7% do ITBI para imóveis entre R$ 140 mil e R$ 300 mil e o aumento em 100% e
cobrança de IPTU dos mais pobres. No entanto, os projetos poupam os mais ricos
da cidade.

A assembleia deve avaliar as mobilizações feitas até o
momento, que foram aprovadas durante encontro do dia 31 de março que ocorreu em
frente à Câmara Municipal. Naquele momento foi aprovado a confecção do Jornal
Curitiba de Verdade, panfletos unificados dos sindicatos para a população e a manutenção de outdoors pela cidade
denunciando o Pacote de Maldades. O Sismuc também realizou atos regionalizados
e fez encontros com os vereadores questionando as medidas a serem debatidas.

“Nós queremos substituir ajuste fiscal por justiça
social. Nela, os mais ricos podem contribuir mais, ao invés de cobrar dos
trabalhadores. Quem tem dívida, que pague. A prefeitura, por exemplo, nos nega
a lista de seus devedores. Os donos da cidade não foram atingidos pelo ajuste.
Podemos ver no reajuste da tarifa técnica em 8%, o dobro da inflação”,
criticou Irene Rodrigues, coordenadora geral do Sismuc.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Serginho do
Posto (PSDB), os projetos estão sendo avaliado pelo departamento jurídico –
Projud. A expectativa é que essa análise termine no dia 18. Data inclusive
marcada para o início da greve dos municipais. Em seguida, os projetos devem
tramitar pelas comissões. O presidente reforçou que a Casa tem tomado cuidado
em analisar todos os projetos, inclusive solicitando pareceres do Tribunal de
Contas do Estado (TCE) e não descartando a realização de uma audiência pública.
O debate ampliado é uma solicitação dos sindicatos.

Agenda

Assembleia Geral contra Pacote de Maldades

17 de abril

APP-Sindicato

Avenida Iguaçu, 880

19 horas