Em Coletiva de imprensa, Sismuc expõe tirania do prefeito Rafael Greca

Nesta segunda-feira(10), o prefeito Rafael Greca, em coletiva de imprensa, apresentou os dados dos 100 dias de gestão. Por quase uma hora o prefeito falou sobre números ligados à administração, estrutura, urbanismo, saúde, educação, entre outros. Também discorreu sobre o Plano de Recuperação de Curitiba e disse não haver “pacote de maldades do Greca”. Por fim, informou que as audiências públicas sobre o orçamento do município serão debatidas nesta e na próxima semana nas regionais de Curitiba, mas antes criticou os sindicatos. 

Para o prefeito Rafael Greca, o “pacote de bondades” é para salvar os salários, a solvência da prefeitura, para evitar que a cidade vá á falência, para atender a população e suas demandas e, ao mesmo tempo, “prover o funcionalismo de maneira que possa ter uma aposentadoria tranquila”. O prefeito informou que pagou R$ 915 milhões de folha, sem atrasos, e que está pagando prioritariamente o funcionalismo público. Mas, de acordo com ele, há uma tirania no discurso dos sindicatos quando estes dizem que ele está “privilegiando o empresariado” para maltratar o funcionalismo.

Segundo a coordenadora de imprensa do Sismuc, Soraya Cristina Zgoda, o prefeito tem feito discursos de desqualificação do trabalhador. “Na coletiva de imprensa, falou sobre a tirania dos sindicatos de esquerda, entretanto, como sindicalista, preciso explicar que tirania é o que ele nos impôs com o ajuste fiscal. A proposta do prefeito Rafael Greca não foi debatida com nenhum sindicato. Ele hoje segrega os servidores do povo que o elegeu. Trata o funcionalismo como se não fosse parte da cidade. Oras, o prefeito não tem que se orgulhar de pagar ‘prioritariamente o funcionalismo público’, ele  tem de cumprir o que o seu papel exige”, frisa Soraya.

Na avaliação da coordenadora de Finanças do sindicato, Rosimeire Aparecida Barbieri, o prefeito esqueceu que a cidade também é construída pelos servidores. “O que ficou explícito nessa coletiva é que o prefeito parece dar mais valor à cidade do que à sociedade. Ele falou que fez a lavagem de estátua e do calçadão da rua 15 de novembro e que até fará mais uma praça. Não citou o que tem feito para para melhorar as condições de trabalho do servidor. Ele simplesmente não falou nada. Pagar salário em dia é obrigação da administração”, protesta a coordenadora.

A coordenadora da pasta de Mulheres do Sismuc, Maria Aparecida Martins Santos, é mais objetiva em seu comentário sobre a coletiva, ao afirmar que o prefeito ‘floreou’ a gestão. “O prefeito Rafael Greca usa dados para criticar a ex-gestão de Gustavo Fruet. Na publicação que ele entregou hoje, que não sabemos quanto custou, informa que os 241 milhões necessários para implementar os planos de carreira dos servidores não existem no orçamento. Entretanto, temos que lembrar que ele não governa para os servidores, mas para a aparência da cidade. E é isso que mostra ao limpar as ruas, ao cuidar da jardinagem e ao retirar as pessoas da rua. Parece que é a cidade e não a sociedade que o interessa ”finaliza Maria.