Atos nas regionais cobram diálogo e maior transparência da gestão Greca

Os primeiros atos de mobilização nas regionais de Curitiba aconteceram na manhã desta quinta-feira(6). O protesto dos servidores, que cobrou maior diálogo e transparência de Rafael Greca, foi aprovado pela assembleia do dia 31 de março. As ações do Sismuc foram acompanhadas pelo público que transitava nas imediações da Isaac Ferreira da Cruz,  na UPA-Sítio Cercado e que circulava pela avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. No final desta tarde, às 17h, o ato será na regional do Pinheirinho, na Avenida Winston Churchill, esquina com a UPA 24 Horas Pinheirinho.

Os servidores denunciaram à população o que há por trás do Pacote de Maldades encaminhado por Rafael Greca para a votação na Câmara de Vereadores. Grande parte da população ainda desconhece o teor deste pacote que se traduz em uma espécie de punição aos mais pobres da cidade, já que prevê aumento de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), destinado ao financiamento de casas populares,  a cobrança de taxa de coleta de lixo por todos os contribuinte, inclusive daqueles que estavam isentos do pagamento, entre outras medidas. Especificamente no caso dos servidores, a proposta retirou o reajuste salarial na data-base de 31 de março, data aprovada por lei para este fim e que foi descumprida pela gestão.

No primeiro ato, a coordenadora geral do sindicato, Irene Rodrigues, afirmou que o prefeito não está cumprindo o que prometeu na campanha eleitoral, prejudicando, dessa forma, a vida dos trabalhadores, da população em geral e dos servidores. “Vamos denunciar a gestão de Rafael Greca por falta de compromisso com a cidade. O pacote congela investimentos no serviço público e isso afeta todos”, denunciou Irene, convocando à população para se unir à luta dos servidores contra o pacotaço.

Prática antissindical

No Centro Cívico, houve o impedimento da direção do sindicato no acesso ao prédio da prefeitura, que seguia para conversar com os trabalhadores do local. “Viemos conversar com servidores sobre o pacote, convidá-los para assembleia do dia 17 de abril, mas fomos impedidos de dialogar com os trabalhadores que esse sindicato representa. Estamos entendendo esse fato como uma prática antissindical da Prefeitura e já estamos denunciando publicamente. Pedimos apoio do movimento sindical nacional e internacional. Vamos levar esse fato até os organismos porque a Prefeitura fechou a porta, no entanto, é direito do sindicato conversar com as pessoas em seus locais de trabalho”, defendeu Irene.

Sem transparência

Ontem(5), durante a sessão plenária da Câmara, a vereadora professora Josete também fez denúncia em relação à omissão de dados da Administração pública.  Ela destacou a falta de transparência da gestão, tornando público a indignação com a resposta recebida da Prefeitura, após ter enviado ofício solicitando dados em relação à questão financeira do município.

Josete fez questionamentos à respeito da dívida não empenhada e de contratos com os fornecedores que não constavam no Portal da Transparência. A gestão retornou, mas, alegou que a informação prestada pela Secretaria Municipal de Finanças – considerando se tratar de quantidade expressiva os dados solicitados – estava disponível junto ao Portal.

Entretanto, a professora Josete informou que a resposta foi descabida, desconsiderou o conteúdo do que foi solicitado e que parecia que estava falando com uma pessoa ignorante, que nunca consultou o Portal da Transparência, já que responde com o passo a passo para o acesso ao portal, seguida de várias páginas com orientações sobre o procedimento para obter informações. “Ora gente, é brincadeira com um vereador dessa Casa. Ainda mais eu que sou membro da comissão de economia (da Câmara), que busco me aprofundar e que,obviamente, a primeira coisa que o meu gabinete faz, com assessoria específica na área de do orçamento, é acessar o Portal da Transparência”, protestou.