A coordenadoria de raça do Sismuc retoma as atividades e as parcerias com instituições que atuam na área de formação em relações étnico-raciais. E está com inscrições abertas para o ciclo de debates e vivências “Negritude, Branquitude e Novos Olhares”, que terá início no próximo dia 07 de março. Os encontros são quinzenais e acontecem sempre às terças-feiras, das 19 às 22h, no auditório do Sismuc (Rua Monsenhor Celso, 225 – 2º andar).
Segundo o coordenador da pasta, Dermeval Ferreira da Silva, as formações propõem discussões sobre a importância da valorização da diversidade étnico-racial brasileira, o fortalecimento da consciência negra e o empoderamento da população negra em relação aos seus direitos.
“Segundo o IBGE, a maioria da população brasileira é negra. Se somos 53% dos cidadãos brasileiros, podemos dizer que a questão racial está presente no nosso cotidiano e esse tema não é só um problema do negro, mas de toda a sociedade. Brancos e negros devem questionar as práticas racistas que ainda estão presentes nas relações de trabalho, no ambiente escolar e nos serviços públicos, que, por falta de formação de seus servidores, ainda reproduzem o racismo institucional, que ocorre quando se nega ou omite um serviço público de qualidade para a população negra”, apontou.
O objetivo do “Negritude, Branquitude e Novos Olhares” é fomentar novas práticas sociais para a superação do racismo, o acesso aos direitos da cidadania e o protagonismo negro numa sociedade desigual. O curso também é voltado para compreender o processo histórico da luta da população negra pelos seus direitos, para debater o preconceito racial na sociedade brasileira e propiciar espaços de interação, vivência e estudo da cultura afro-brasileira, além de empoderar os participantes com os instrumentos de participação na vida democrática do país.
As inscrições para o “Negritude, Branquitude e Novos Olhares” são gratuitas e podem ser feitas na sede do Sismuc. O curso é organizado pelo Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores (CEPAT) e IHS Jesuítas Brasil, em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas – Neabi/Unisinos, Pastoral Afro da Arquidiocese de Curitiba e Sismuc.