Hoje
acordei com o coração apertado. Não consigo entender como as pessoas não enxergam o desmonte do serviço público, com este PL 257 que estará em votação
na Câmara dos Deputados daqui a pouco.
Como
aceitar pacificamente um golpe deste que congela os serviços públicos por 20
anos, que daqui a vinte anos manterá o mesmo contingente do funcionalismo público?
A
população vai parar de crescer? as necessidades de educação, saúde, assistência
social diminuirão? Hoje já temos falta de professores, médicos, enfermeiros,
psicólogos, técnicos em enfermagem, administrativos. Enfim, faltam todos os
cargos do serviço público, imagina se por vinte anos não for possível fazer novas
contrações.
Me preocupo sim com meu salário, plano de carreira
, aposentadoria , licenças. Mas o pior é não ter nada disso: é ver nossa gente
padecendo por falta de políticas públicas.
Como trabalhadora de equipe de saúde da família
por vinte cinco anos, dos quais doze na unidade Sabará (Cidade Industrial de
Curitiba), acompanhei uma gente trabalhadora e do bem. Pessoas humildes de
coração que têm no Sistema Único de Saúde (SUS), no Sistema Único de
Assistência Social (SUAS) e nos mais diversos programas sociais atendimento às
suas necessidades mínimas para uma vida de dignidade.
Este povo não é indigente (palavra com prefixo in
significa negativa ou falta), este povo como diz a música é a “brava gente
brasileira” e esta gente é responsável pela construção deste país.
Cada
centavo das riquezas deste país só existe por que esta gente trabalha de sol a
sol, com o seu suor, portanto a devolutiva por meio de serviços públicos não é
benefício, é direito, e não pode ser retirado.
Nenhum direito a menos!
