Durante prestação de contas ontem (7), administração do
Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC)
apresentou as pendências dos repasses mensais previstos na Lei 12.821/08 (foto ao lado). A
dívida da Prefeitura com os trabalhadores em 31 de março de 2016 é de R$
185.770.390,89. O calote acontece desde agosto de 2015.
“É importante lembrar que Gustavo Fruet assumiu a gestão
municipal sem dívidas no IPMC. Mas decidiu tirar dos trabalhadores para
resolver o caixa da Prefeitura. E agora parece que vai deixar a dívida para a
próxima gestão. O que difere o atual prefeito dos que vieram antes?” questiona
Irene Rodrigues, coordenadora geral do Sismuc. Ela também lembra que a lei
atual foi aprovada para garantir a sustentabilidade financeira da previdência,
corrigindo a falta de reservas que ameaçava as aposentadorias dos funcionários
da Prefeitura na época.
Ainda em 2015, a Prefeitura tentou mudar a Lei 12.821/2008, que garante os repasses. Contudo, a mobilização dos municipais impediu
a alteração. “Agora, se o respeito à previdência dos servidores deixar de ser
uma política do município e a dívida ficar para o próximo gestor, os servidores
mais novos poderão ser prejudicados”, conclui a coordenadora. Em tempo, os
repasses visam garantir vencimentos de servidores que se aposentarem até o ano
2023.