Em assembleia geral dos servidores públicos municipais, Sandro Silva, assessor do Dieese,
explica que a Prefeitura não repôs aos servidores públicos as perdas salariais ocasionadas entre os anos de 2000 a 2004. Depois disso, houve um período de
ganhos reais, de 0,8%, em 2004, chegando até 4,30%, em 2011. De acordo com o
economista, a gestão Fruet limitou-se em três anos à reposição da inflação.
A inflação é outra dificuldade
que atinge a vida do servidor. O IBGE e Dieese já apontam a inflação atual na casa de 9%. “No Brasil, não vivemos uma inflação de
demanda, mas pontuais em alguns segmentos e principalmente em tarifas públicas”,
afirma.
O economista do Dieese aponta a
dificuldade que, no Brasil, as negociações salariais passaram a ter a partir de 2015. Se,
em 2012, mais de 90% das negociações obtiveram ganhos reais, em 2015 por sua
vez apenas 63% das negociações alcançaram ganhos reais até o momento.
Pauta do servidor
Neste contexto, os servidores
definiram em assembleia pela exigência de 15% de aumento salarial, que consiste no aumento
real e mais inflação do período; auxílio-alimentação no valor estipulado pelo
Dieese; implementação de remanejamento sistemático; Saúde do Trabalhador, entre outros temas.
Dentro
do debate atual do IPMC, os servidores exigem que não haja alterações no que se refere à separação na Lei do IPMC e do ICS, e também no que se refere à retirada dos aportes financeiros da Prefeitura.
A pauta dos servidores ainda apresenta um item relacionado à questão de gênero. O papel da Prefeitura deve ser realizar formação para contribuir na luta contra as opressões de gênero.
Além das lutas gerais, as pautas específicas de cada segmento estão sendo definidas em cada coletivo.