O evento “Soberania e Desenvolvimento”, organizado no dia 2
de outubro pelo Fórum de Lutas 29 de Abril, CUT, Movimento dos Atingidos por
Barragens (MAB) entre outras entidades, mostrou a perspectiva de aumento de
arrecadação de recursos nos estados para educação, a partir dos
royalties de exploração da camada do pré-sal.
Edmilson Leites, da APP-Sindicato, informa que, nacionalmente,
pode-se adquirir o valor equivalente a 17.647 ônibus apenas com o aumento da
arrecadação.
Cortes na educação
Elling Kenya, da União Paranaense dos Estudantes (UPE) defende
que os cortes na educação, sob a orientação do ministro da Economia Joaquim
Levy, alcançam R$ 10 milhões só na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Nacionalmente, o programa de iniciação científica teve retirada de recursos, de
acordo com a estudante.
No Paraná, a situação é desanimadora. Há falta de professores
e falta de materiais no interior da universidade. “Há escolas que estão sem
merenda para os estudantes”, afirma.
“Conjunto de ausências”
Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato, Sindicato
Estadual dos Trabalhadores da Educação, afirma que o mote do governo federal de
“Pátria Educadora” não se consumou e exigiu que sejam feitos mais investimentos em
Educação.
Assim como o professor também aponta as lacunas na política
de educação do Paraná, para o qual “há um conjunto de ausências”, afirma.
Como uma das linhas de ação propostas, o
sindicato deve debater em todo o Paraná a questão da frente em defesa da
Petrobrás. “É importante sairmos do corporativismo que está em nós”, conclui.
“Temos que organizar o estado inteiro em um programa de
formação sobre esses assuntos”, acrescentou Paulo de Souza, do Fórum Regional de
Entidades do Sudoeste.