SUS é uma conquista da Constituição de 1988

Durante o Seminário “Soberania e Desenvolvimento”, com o tema
“Pré-sal, Educação e Saúde: desafios para ampliação dos direitos sociais”,
Gilberto Salviano da Silva, da Saúde do Trabalhador da CUT, abordou os desafios
no tema da Saúde do Trabalhador e dos recursos necessários para a Saúde.

Antes da Constituição de 1988, só havia atendimento para quem
tinha carteira de trabalho assinada, o que resultava em “Um sistema de saúde
que não era universal”, como define. Surgem na década de 1980 movimentos sociais
com bandeiras fortes, entre os quais o movimento pela Reforma Psiquiátrica e
pela Reforma Sanitária.

O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a se caracterizar por
cobertura universal, integral e igualitária. Além disso, Salviano da Silva
elenca como vantagens a ampliação da população aos serviços básicos da saúde; programas
de agente comunitários de saúde; equipe de saúde da família; ampliação da rede
de atenção básica, entre outras conquistas.

Se não fosse um sistema como o SUS “a população ficaria
sujeita à saúde privada”, finaliza Salviano da Silva.

Saúde para o povo da
periferia

“Saúde é um completo
bem estar físico, mental e social e não consiste apenas na ausência de doença
ou de enfermidade”. Este conceito, de acordo com Silva, permite enxergar a
saúde de maneira mais preventiva.

O tema do pré-sal se encaixa na necessidade de maior
destinação de recursos para o setor da Saúde. O Brasil está na posição de número
63 entre os países que têm o maior gasto em saúde por habitante.

Ao lado disso, Salviano da Silva aponta que hoje há o desafio
de fortalecer o acesso da população às tecnologias, o que avançaria com os
recursos vindos dos royalties do pré-sal. “Ressonância magnética, tecnologias
da imagem na saúde não estão acessíveis à população na
periferia”, provoca.