FAS e Sismuc estabelecem mesa permanente de trabalho

Mexeu com dinheiro, não tem avanço. Falou-se em concurso
público, demonstra-se boa vontade, mas se para na falta de prazos. Essa tem
sido a realidade de diversas secretarias da Prefeitura de Curitiba. E a FAS não
fugiu ao enredo. Em reunião com o Sismuc para discutir a pauta específica, a
gestão negou antecipar as gratificações e concordou co a necessidade de novos
profissionais. A gestão ainda aceitou a formação de mesa permanente e bimestral
de negociação. Dois temas são principais neste momento: remanejamento e
condições de trabalho.

A negociação teve muitos entraves. Em um deles, a administração
não soube responder se o servidor que não tiver EPI (Equipamento de Proteção
Individual) deverá ou não desempenhar suas atividades.

Outro ponto pendente trata da gratificação de risco. Os
servidores ainda exigem que o prazo de pagamento seja encurtado. No atual
momento, o pagamento total só ocorre em 2017. A pauta pede a incorporação das
parcelas restantes imediatamente. Nesse ponto, os gestores municipais disseram
que não é possível. “Eles alegam que não possuem verbas para poder antecipar o
pagamento, mesmo arrecadando oito bilhões por ano e sendo o quarto PIB do país”,
esclarece Eduardo Recker, coordenador do Sismuc.

Mas houve pontos em comum na pauta específica. Tanto Sismuc
como a direção da FAS enxergam a necessidade de novo concurso público para
desempenhar as atividades. Contudo, assim como em outras secretarias, o governo
municipal não tem programação de realização para esse concurso. “A falta de
servidores está inviabilizando os trabalhos nos equipamentos da FAS. Se isso não
for sanado em curto prazo a Fundação pode entrar em colapso, pois não terá como
atender as suas demandas, ficando os servidores cada vez mais sobrecarregados
de trabalho”, prevê o coordenador do Sismuc.

Compromisso

Da negociação com a FAS ficou estabelecida mesa bimestral. O
novo encontro ocorre no mês de junho. O tema a ser debatido é o processo de
remanejamento de servidores. Para o sindicato, o foco é simplificar e aperfeiçoar
os critérios para as mudanças. “A reformulação do remanejamento é um pauta histórica
do sindicato. Esperamos que desta vez, na Fundação, esse processo caminhe com
mais velocidade. Modelos estabelecidos nós já temos. Basta adaptá-los”,
enfatiza a coordenadora geral Ana Paula Cozzolino.

Coletivo

O próximo coletivo da FAS ocorre no dia 14 de maio, na sede
do Sismuc.