Servidores superam falta estrutura para prestar atendimento à população

Quando há um problema na demora do resultado do exame ou na
falta de algum medicamento, quem responde não é a presidenta Dilma, nem o
governador Richa, tampouco o prefeito Fruet e muito menos o secretário
municipal Massuda. São os trabalhadores da enfermagem, auxiliares, ASBs e TSBs
os que sofrem a pressão do dia a dia.

“O pior é o não reconhecimento. A gente corre atrás, em
busca de medicação, é meio estressante. Mas, na falta, a culpa cai no
servidor”, lamenta a servidora da US Barigui, no CIC. Ela defende que deveria
haver informações sobre o tema, explicando para o usuário que a ausência de
medicamentos e materiais não é culpa do trabalhador.

Em visita à Unidade de Saúde do Parolin, a sala
disponibilizada para entrevista em pouco tempo fica lotada de servidores. São
muitas as reclamações, entre as quais falta de pessoal, de medicamento, falta
de insumos e antibióticos. E a reposição de materiais é demorada, reclamam
servidores e usuários.

Atendimento com
esforço

Mas o atendimento e o serviço nas unidades visitadas são
considerados bons. O trabalho dos servidores não é criticado pelo povo, apenas
os procedimentos que dependem da gestão, caso de exames, consultas e
procedimentos cirúrgicos. Fabíola, por sua vez, gestante e mãe de outros dois
filhos, não lista nenhum problema no atendimento da US Barigui. “Sempre atendi
aqui na região, assim como acontece com a minha família inteira”, afirma.

RETRANCA

Insegurança é um
problema delicado nas Unidades Básicas

A US Parolin possui 33 trabalhadores da Saúde, que
pressionam a gestão por melhores condições de segurança e limpeza desde o
começo de novembro. Houve inclusive reunião com a Secretaria Municipal de Saúde
exigindo presença da guarda municipal na unidade.

A unidade do Parolin tem apenas três anos de vida. Está
inserida em um dos bairros mais desiguais de Curitiba. A infra-estrutura chega
a ser um problema para uma demanda alta de perto de 18 mil moradores. Ao passo
que outras unidades apresentam estrutura maior, porém sem o mesmo número de
atendimentos.

Houve recentemente episódios de roubos de monitores de
computador. A presença da Guarda Municipal no local é considerada uma conquista
importante, melhor do que a segurança terceirizada, mas não pode ser apenas por
um curto período de tempo.

“Com a nossa
presença, há mais respeito e tranquilidade com os funcionários. Mas é preciso
manter esta política, mesmo com o baixo número de guardas na cidade”, afirma o
gm Vitor Pace.

REVEJA

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