Saúde mobilizada, estado de greve continua

O dia nas unidades de saúde foi de vacinação, mas também de
luta. Servidores foram às ruas com panfletos e carro de som. O objetivo que era
informar pacificamente a má gestão da prefeitura de Curitiba que tem deixado a
população sem materiais básicos como remédios e luvas cirúrgicas. O que não
estava previsto era o assédio que ocorreria na Unidade de Saúde do Uberaba.

Durante a mobilização, o Coordenador do Distrito de Saúde
tentou calar a voz dos diretores do Sindicato. Num primeiro momento foi
solicitada a diminuição do auto-falante, o que foi realizado por parte dos
diretores. Porém, mesmo com toda a colaboração, a guarda municipal foi chamada.
Nome e RG da coordenadora geral do Sismuc, Ana Paula Cozzolino foi anotado e junto a
ameaça de realizar um registro de ocorrência.

“Eu não tenho medo de estar do lado dos trabalhadores, eu
estou aqui defendendo uma saúde melhor e não vou sair”, afirmou a presidente. “Não
vamos deixar isso quieto a sociedade tem direito de se manifestar”, concluiu.

Durante o ato, portanto, muitos pais apoiaram a ação. “Vive
faltando remédio para minha filha, já tive que gastar bastante” denunciou
Fabiano Franco, morador do Uberaba.

Zuleide de Andrade, cuidadora de idosos, moradora do bairro
Santa Cândida também se manifestou: “vim trazer meu filho ser vacinado e fico
sabendo de algo tão ruim assim. A sociedade precisa de um atendimento digno”.

A discussão continua na assembléia da saúde nesta
segunda-feira, dia 10, às 19 horas na Sub-sede do Sismuc (Rua Lourenço Pinto,
118).