Sem acordo, greve na saúde é possibilidade

Prefeitura apresenta proposta de remuneração submetida à avaliação do trabalhador. Servidores não estão satisfeitos com a proposta. Por esses e outros motivos, greve se aproxima.

O secretário da Saúde de Curitiba, Adriano Massuda, participou do início da reunião do dia 22, quando comprometeu-se a apresentar uma proposta de isonomia entre os profissionais da Estratégia de Saúde da Família, a ESF. A apresentação será feita antes da próxima assembleia da categoria (dia 29 de outubro). Porém, na mesma reunião, a gestão não sinalizou proposta concreta que contemple os 80% de ESF, o que gerou indignação dos presentes em mesa.

Os servidores da Saúde necessitam de condições de trabalho para não ficarem sobrecarregados. Mas a proposta da gestão para Remuneração Variável (IDQ) limitou-se à Atenção Primária e se submete à avaliação do desempenho do profissional. “Mais uma vez a Prefeitura apresenta uma proposta pela metade, porque não falou dos trabalhadores que atuam nas outras áreas da Saúde, como, por exemplo, urgência e emergência, administrativos e laboratório”, avalia Maria Aparecida Martins, coordenadora do Sismuc.

Com isso, é necessária a participação de todos os servidores e servidoras da Saúde na assembleia da Saúde do dia 29 de outubro, com indicativo de greve.

A avaliação de uma equipe de trabalho não deve estar atrelada à remuneração. O que se configura como uma imposição da gestão. Esta é a avaliação do Sismuc, para quem a avaliação, para melhoria efetiva do Sistema Único de Saúde (SUS), deve recair sobre o sistema como um todo: gestão, servidores, estrutura e insumos. Sem isso, uma avaliação objetiva fica comprometida.

Serviço:

Assembleia geral da Saúde – indicativo de greve

Data: 29 de outubro (quarta)

Horário: 19h

Local: APP-Sindicato (Avenida Iguaçu, 880).