A presidente
do Sindicato dos Servidores Municipais de São José dos Pinhais (Sinsep),
Juciane Zuanazzi, está sofrendo perseguição da Prefeitura de São José dos
Pinhais. O prefeito Luiz Carlos Setim, do DEM, em seu terceiro mandato, moveu
ação criminal contra a servidora pública, alegando que o sindicato difamou a
saúde pública municipal em 2013 ao denunciar problemas na área.
A entidade
sindical na verdade apenas encaminhou uma decisão dos servidores de manifestar
os problemas das condições de trabalho e atendimento na saúde pública municipal
nos meses de agosto e setembro de 2013.
“O que
fizemos foi representar os servidores naquilo que era uma reivindicação deles,
que é a melhoria da Saúde Pública de SJP, melhores condições de trabalho,
sobrecarga, falta de material e equipamentos com manutenção inadequada”,
explicou Juciane, em entrevista ao Portal GuiaSPJ.
A mais
recente audiência ocorreu no dia 22/10. Naquele momento, de acordo com relato
do sindicato, prolongou-se mais uma vez o desfecho desse caso, ficando para hoje,
sexta-feira (24/10) uma reunião de negociação com a administração municipal
para buscar um entendimento entre as partes.
Em outras audiências
ocorridas ao longo de 2014, o governo Setim chegou a propor que o Sinsep
abrisse espaço em seu jornal e site para que a Prefeitura divulgasse uma
campanha. Em troca seria retirada a ação. A proposta foi negada pela
presidente do sindicato. Para ela, o sindicato denunciou “a precariedade em que
a saúde pública estava à época”. A entidade sindical permanece na defesa do seu
direito de denunciar a situação concreta da saúde municipal.
O sindicato
promete intensificar a manifestação em apoio à Juciane Zuanazzi, convocando a
categoria e outros sindicatos a tomarem fotos em apoio à presidente do
sindicato.
A
coordenação do Sismuc expressa apoio integral ao Sinsep e condena a prática
anti-sindical da Prefeitura de São José dos Pinhais.
Perseguição
A judicialização do
debate político preocupa os defensores da liberdade de expressão. Além
disso, é considerada postura antissindical. “Estamos falando de uma prática
antissindical explícita e um atentado até mesmo contra a liberdade de expressão. Isso não afeta o Sinsep, mas
todo o movimento sindical e a organização da sociedade como um todo. O tema será levado também
para a Confetam, que é a entidade nacional dos servidores”, alerta Irene
Rodrigues, da coordenação do Sismuc.
