Sindicato discute com gestão mudanças no IDQ com incorporações e isonomias

Servidores da saúde se
reuniram com as secretarias de saúde e recursos humanos. O encontro
teve o intuito de debater os dois decretos que desmembram o IDQ. Um
que trata do Qualifica SUS e outro aborda o difícil provimento. No
debate, o sindicato também solicitou que a avaliação do trabalho
seja estendida também a gestão da saúde do município. Nesta mesa
a Secretaria de Recursos Humanos explicou porque as chefias de
unidades terão critérios diferenciados de remuneração. O desconto
previdenciário também foi abordado.

O encontro com os
gestores discutiu os critérios de avaliação dos servidores da
saúde em relação ao Qualifica SUS e ao difícil provimento. O
sindicato se preocupou, principalmente, por excesso de rigor nas
avaliações e a possibilidade de se perder recursos financeiros de
gratificações e remunerações variáveis. Houve avanço em relação
ao difícil provimento. Para as especialidades, será pago 30% de
difícil provimento e 10% de IDQ sobre o vencimento básico de cada
servidor. Outros 10% foram incorporados no salário.

Outro ponto central da
discussão é a necessidade de se ampliar a avaliação para a
gestão. “Se a avaliação atinge o indivíduo, a equipe, porque
não se pode avaliar a gestão? Muitas vezes o profissional não tem
condições ideais de trabalho e através da avaliação da gestão é
possível apontar problemas”, responsabiliza Irene Rodrigues,
coordenadora do Sismuc.

A gestão reconhece a
falta de materiais. Ela argumentou que as prestadoras de serviço não
cumprem o contrato e, muitas vezes, pagam a multa e não fornecem o
material. “A gente até pode colocar isso na pauta da reunião
técnica. O que a gente precisa saber é o que vai ser avaliado”,
comprometeram-se os gestores.

Desconto
previdenciário

O desconto previdência
é outra frente remuneratória que os servidores se preocupam. A
Prefeitura não sabe quando vai encaminhar para a Câmara Municipal à
lei sobre o tema. A gestão alega que ainda vai consultar a
Procuradoria Geral do Município (PGM). A falta de prazo é criticada
pelo sindicato. “Curioso, chegaram duas leis à Câmara Municipal
sem avisar o sindicato e agora, no tema que estamos discutindo há um
ano, não tem data?”, reclama Irene Rodrigues, coordenadora do
Sismuc.

Diferencial das
chefias

O superintendente de
recursos humanos Christian Luiz da Silva justificou a mudança de
pagamento de chefias. “Vai ser, na realidade, o mesmo valor que a
chefia já recebe através do IDQ, havendo apenas a substituição”,
alega. O superintende argumentou que o teto de vencimentos básicos
obriga a mudança: “Com o aumento do VB, o chefe chegaria ao teto e
não estaria recebendo dinheiro como os enfermeiros. Nós queremos
minimizar perdas, fazer com que a chefia seja valorizada”,
completou.