Chefe X Líder – mudanças organizacionais e da Prefeitura

"A função básica dos líderes consiste em imprimir em seus liderados um sentimento positivo. Isso acontece quando o líder cria ressonância – um reservatório de positividade que liberta o melhor que há em cada um. Em sua essência, pois, a missão básica da liderança é de cunho emocional". Daniel Goleman 
É comum ouvirmos dizer que é pelas atitudes dos subordinados que podemos definir o tipo de chefia existente. Durante muito tempo acreditava-se que o chefe “durão”, autoritário era o modelo padrão, ideal, associando seu comportamento com competência e eficiência. Hoje sabemos que isso não é verdade, bem como este é apenas um estilo de direção.


Muitas vezes, o exercício da chefia é uma prerrogativa de um cargo sob seu comando, porem isso não demonstra se ele é ou não um bom líder. É importante verificarmos que excelentes profissionais, nem sempre são bons chefes, porque um não é prerrogativa de outro, tendo em vista que o cargo de liderança exige mais habilidade de relacionamento interpessoal e atitudes profissionais.


A capacidade de liderança de um chefe é proporcional a sua competência de gestão de pessoas e inversamente proporcional à sua preocupação em “parecer um chefe.” É perceptível que existem perfis (estereótipos) de chefias, da qual hora pode apresentar um ou outro tipo de comportamento, porém faze-se necessário verificarmos esses tipos e aprendermos a lidar com cada tipo de administração.
É sabido que tanto em empresas privadas como diante de órgãos públicos muitos já sofreram e estão sofrendo processos de assédio moral.


Como servidor publico não posso deixar de recordar que no período eleitoral de 2012, o candidato e prefeito atual Gustavo Fruet, prometeu mudanças de chefias da prefeitura que chegariam ao nível de quarto escalão. Realmente houve mudanças significativas de diretores e secretários de diversas Secretarias Municipais de Curitiba, entretanto ainda temos muitos servidores tendo problemas com certas chefias, das quais algumas foram mantidas em algumas Secretarias.


Isto não quer dizer que o prefeito esteja administrando bem ou mau a cidade, porém a insatisfação de alguns servidores coloca a seguinte questão na cabeça de muitos funcionários: “Apoiamos a candidatura do Fruet na expectativa de mudanças de chefias, entretanto muitas mudanças não ocorreram e talvez nem ocorram. A culpa disto tudo é do prefeito? É certo que na próxima eleição não vou apoiar ele por esse motivo.”


Vamos analisar esse pensamento: – Será que a culpa é do prefeito, assessores ou dos secretários, ou ainda dos diretores?


É certo que não podemos definir ao certo de quem é a culpa, apenas podemos citar que a ansiedade e o desejo por mudanças de alguns servidores ainda permanecem, bem como as questões citadas.


Portanto neste momento em que vivemos, o que podemos fazer é apontar as falhas do processo e cobrar por contínuas mudanças para melhorar o serviço de todos. Atentando para o fato de que não há como manter um dirigente em que uma boa parte dos servidores quer a sua saída. Obviamente ou ele muda sua forma de gerenciar, ou a administração terá que trocar de chefia cedo ou tarde.


A Prefeitura também deve se preocupar com tais situações conduzem seus colaboradores a insatisfação, desmotivação e até mesmo a baixa produtividade. Portanto isto não pode acontecer principalmente num momento que estamos vivendo, próximos da Copa de 2014, sendo assim a Prefeitura deverá prestar atenção aos pedidos e reivindicações dos seus servidores para que possamos oferecer serviços de qualidade e receber os turistas com motivação e entusiasmo.