Vivemos hoje dentro de uma sociedade patriarcal que oprime as mulheres. E capitalista que explora as mulheres na sua maioria e também os homens. No mundo do trabalho podemos afirmar que hoje somos a maioria já que estamos no mercado formal, informal e o trabalho doméstico. Trabalho esse que consome o nosso tempo e saúde, sem remuneração e os direitos previdenciários ainda são inexistentes.
Dentro do mercado formal nossos salários são reduzidos e direitos não são respeitados, mas as exigências são cada vez maior. Nossa carga horária é excessiva, a cultura do corpo e da beleza também recai sobre nós mulheres nestes espaços de trabalho, em muitas vezes consideradas como mais um produto tanto pelo patriarcado como pelo capital. Culturalmente, somos tratadas como simples geradoras ou procriadoras, sem respeito ao nosso corpo direitos e decisões.
Para manter essa cultura, a igreja e essa sociedade posta hoje tenta criminalizar as ações individuais e coletivas das mulheres. Sofremos todas as formas de violência, doméstica física psicológica e moral. Esses são alguns dos motivos pelo qual devemos nos manter organizadas e apresentar alguns de nossos principais eixos e ações que falam diretamente à realidade das mulheres: autonomia econômica, violência contra a mulher, paz e desmilitarização e bens comuns e serviços públicos. Estes eixos foram adaptados à realidade das mulheres brasileiras e deram os contornos da plataforma política apresentada à sociedade e ao Estado. Entre as reivindicações estão: a criação de aparelhos públicos que contribuam com a socialização do trabalho doméstico, a não privatização de nossos recursos naturais, o aumento do salário mínimo, o fim de todas as formas de violência contra a mulher, a realização da reforma agrária e a legalização do aborto.
Há muito tempo as mulheres já estão em luta rumo à liberdade, autonomia e garantia de direitos. Hoje vemos alguns avanços, mas a caminhada continua até que todas sejamos livres.
Somos mulheres, não mercadoria! Mulheres revolucionárias e não abrimos mão do Feminismo e do Socialismo. Nossa luta é a garantia desta nova sociedade que sonhamos. Nossa luta é na rua e somos movidas pela chama da revolução e não do fogão.