Saúde entra em greve no dia 15

Greve na saúde de Curitiba. A partir do dia 15 de outubro, as unidades de saúde da cidade não funcionarão, a menos que a Prefeitura apresente propostas que garantam condições de trabalho dignas para os trabalhadores. A gestão tem 12 dias para se pronunciar. A paralisação se tornou inevitável após as sucessivas negativas da administração municipal às pautas dos trabalhadores. Depois de um dia de caos em Curitiba, com a chuva forte que caiu e paralisou a cidade, os servidores compareceram em bom número ao Sismuc. Prova de que uma ação em busca da conquista das pautas não podia mais esperar.

Na segunda-feira (7), às 14h30, está marcada uma reunião na Secretaria de Obras Públicas (Rua Emílio de Menezes, 450, São Francisco) com o secretário de saúde Adriano Massuda e a secretária de recursos humanos Merouji Cavet. A expectativa da categoria é que o impasse seja resolvido e as pautas tenham resposta. A concentração dos trabalhadores começa a partir das 14h. “Esperamos que nesta semana a Prefeitura possa concretizar as propostas. Já estamos cansados de ouvir que as coisas vão ser feitas”, desabafa Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.

Os trabalhadores reivindicam pautas históricas, como a incorporação do IDQ e a isonomia na carga horária para todos, sem exclusões. Nas unidades de pronto atendimento, a principal pauta é relacionada às escalas de trabalho. Os servidores lutam por uma escala justa, que garanta sua qualidade de vida.

Paralisações

No último dia 30, as unidades de saúde de Curitiba tiveram o atendimento paralisado. Durante trinta minutos, nas trocas dos turnos, os servidores se reuniram e entregaram uma carta à população, explicando a realização do ato e os problemas da saúde na cidade. A mobilização representa um protesto contra a falta de respostas concretas para as pautas da categoria. As negociações vêm sendo feitas desde o início do ano, mas pautas históricas dos servidores, como a incorporação do IDQ e a isonomia na carga horária, foram negadas ou deixadas de lado. A paralisação foi realizada tanto nas unidades básicas como nas unidades Estratégia Saúde da Família e Unidades de Pronto Atendimento.