Escala de 12h/60h é rejeitada em nova reunião do SUEC

A assembleia de hoje sobre a escala de trabalho das upa’s deverá decidir o que os trabalhadores devem fazer agora que a negociação da escala de trabalho nas unidades está emperrada. A gestão mantém a posição de que a escala 12h/60h é inviável, enquanto o modelo de 4/2 dias é rejeitado pelos servidores.

Em reunião na manhã desta segunda-feira (16), os argumentos dos dois lados foram novamente colocados na mesa, mas não houve nenhum avanço. A administração argumentou que com a escala de 12h/60h aumentaria o uso de horas extras e DSR’s. O sindicato rebateu esse argumento, afirmando que um estudo realizado mostrou que com 54 trabalhadores por upa não seriam geradas horas extras e DSR’s. Mesmo assim, a escala foi rejeitada pela Prefeitura.

“Vários trabalhadores que fazem a jornada de 6h nas upa’s estão aguardando a transferência para as unidades básicas. O salário é muito parecido nas unidades 24h e nas básicas, a diferença é que nas upa’s os trabalhadores lidam com situações extremas. O único atrativo nessas unidades seria a escala 12h/60h, mas nem isso a Prefeitura está disposta a oferecer”, critica Diana Guérios, coordenadora do Sismuc.

O argumento é que, com 12h trabalhadas por dia, o paciente é acompanhado pela mesma pessoa, o que facilita o tratamento. “Além disso, esta escala aumenta o contato com a família, as horas de lazer e consequentemente a qualidade de vida dos trabalhadores. A escala que a Prefeitura oferece impossibilita que o servidor tenha um fim de semana inteiro para passar com a família, por exemplo”, defende Irene Rodrigues, também coordenadora do Sismuc.

Hoje, às 19h, servidores das upa’s têm uma assembleia exclusiva e decisiva no Sismuc. As deliberações feitas serão de extrema importância para a categoria. Será feito o relato detalhado das negociações e dados os encaminhamentos para a mobilização.