O sábado dos delegados do 10º Congresso do Sismuc foi dedicado a analisar as páginas da tese e participar de oficinas temáticas. O dia também propicia a possibilidade de os trabalhadores apresentarem moções de apoio ou repúdio ao que ocorre em Curitiba, Paraná e no Brasil. O resultado desses debates será votado na plenária geral que ocorre no domingo.
Os trabalhadores discutiram tanto suas pautas cotidianas como assuntos de interesse da sociedade. Alguns exemplos são o Estatuto do Nascituro, a PEC 554, que cria o Tribunal Regional Federal, sobre a vinda de médicos cubanos ao Brasil etc. Para Ana Paula, essa troca de informações é fundamental. “Este é um dos momentos mais ricos do sindicato. Quem está aqui foi eleito por seus colegas de trabalho para buscar formas de melhorar nossa vida no serviço público. Além de discutir nosso dia a dia, também podemos refletir sobre o que vem ocorrendo no Brasil”, pondera.
Já Gustavo Erwins Kuss, assessor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e formador da CUT, destaca o caráter democrático que os grupos proporcionam. “É um momento onde os servidores, principalmente da base, têm mais uma oportunidade de participar do debate sobre as estratégias e os rumos do sindicato a partida da conjuntura e dos desafios por ela apresentada”.
Os servidores também participaram de seis oficinas: LGBT, Comunicação, Mulheres, Raça, Juventude e Movimentos Sociais. O objetivo é ampliar a percepção dos servidores com os principais temas em debate no país. Juliana Souza foi a coordenadora da oficina “Mulheres”. Ela expôs a história do movimento feminista, suas principais pautas de reivindicação e conquistas e a Lei Maria da Penha. Para ela, o poder público deve se engajar na igualdade de condições: “Um passo é o servidor contribuir na igualdade combatendo o machismo no seu dia a dia de trabalho e orientado a população”, incentiva.
Pesquisa
Assim como no 9º congresso, os delegados também foram convidados a participar de uma pesquisa. O universo abordado foi a percepção deles sobre o papel do Sismuc perante a Prefeitura, o trabalho de mobilização e autonomia e soberania sindical. “Esse levantamento é importante para orientar a direção sobre quais são as principais bandeiras dos servidores e como as colocarem em prática”, aponta Adriana Claudia Kalckmann, coordenadora de comunicação do Sismuc.
