Cmei Bracatinga paralisa por melhoria

No período da manhã, exatamente às 7 horas é o horário que os cmeis de Curitiba abrem os portões. Porém, na manhã de hoje, dia 11, no Cmei Bracatinga foi diferente. Educadoras em protesto interromperam seus trabalhos por 50 minutos. O objetivo dessa ação foi chamar atenção da Prefeitura à falta de funcionários e outros problemas encontrados no local.

O não cumprimento da lei da hora permanência (para planejamento das atividades pedagógicas e formação profissional), a falta de reposição de funcionários nos casos de licença maternidade e LTS com mais de 15 dias e descumprimento de decisões do conselho do cmei, foram as principais questões informadas pelas educadoras, que necessitam ser sanadas.

Adriana Cláudia Kalckmann, educadora do Cmei Bracatinga, explica que o ato é necessário, pois os problemas estão se agravando. “Estamos com falta de 10 funcionários e para suprir essa falta estamos diminuindo a hora de folga, estamos cobrindo outras salas. A gente está pedindo o apoio da comunidade em busca de um retorno, pois estamos trabalhando cansados fisicamente, o grupo não está aguentando mais”, afirma Adriana.

A falta de funcionários causa a insegurança e prejuízo na qualidade de atendimento a criança. Aluno da escola sofreu acidente devido a essa questão, no momento a educadora se encontrava sozinha com mais de 30 alunos. Mãe do aluno, Adriana de Fátima esclarece que é necessário mais educadores: “muitos alunos novos entrando, o que demandam mais atenção e, realmente, não tem como cuidar de todos com tão poucos funcionários”.

A manifestação contou com o apoio dos pais dos alunos, que reforçavam o ato assinando o abaixo assinado. “Chegamos aqui e vemos as professoras se debatendo com as crianças. Não é de hoje que elas vêm reivindicando isso. Eles dizem que o quadro está cheio, o quadro está cheio no papel, porque a gente chega aqui e vê que está faltando educadores, isso sobrecarrega quem está trabalhando aqui”, salienta a mãe do aluno do cmei, Suelem Chapelski.

Problemas como estes são vistos em toda Curitiba, afirma a diretora do Sismuc, Alessandra Oliveira, “a lei da hora permanência, a redução da carga horária, a contratação via concurso público e o aumento de salário são reivindicações recorrentes do Sismuc. Esses problemas não são exceções, são regras dentro da prefeitura. Neste momento está tendo uma evasão muito grande dos educadores da rede municipal, pois temos toda a qualificação profissional, fazemos o mesmo trabalho que os professores, mas ganhamos menos e fazemos 40 horas semanais. Isso causa o adoecimento dos educadores”.

Educadora Valeria de Freitas conclui: “conseguimos bastantes assinaturas, espero que resolva e se não resolver a gente vai parar de novo”.