O Sismuc realizou nesse fim de semana (23) a primeira etapa do Seminário da Educação. A palestrante Maíra Beloto abordou o sistema de educação nacional, estadual e municipal. Ela apontou entre seus principais problemas o estimulo a competitividade ao invés do trabalho em equipe. O próximo encontro dos educadores e trabalhadores de escola trata do Financiamento da Educação e ocorre em 7 de julho, em um sábado.
O seminário tem mais cinco encontros até o fim do ano. O objetivo é preparar o segmento para uma série de atividades que visam avançar nas reivindicações dos trabalhadores da educação. Nessa primeira etapa, a delegada da CONAE (Conferência Nacional de Educação) Maíra Beloto fez um histórico do sistema e dos seis eixos que o compõe: Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Qualidade, Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação, Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar, Formação e Valorização dos Profissionais da Educação, Financiamento da Educação e Controle Social, Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade. A íntegra da palestra se encontra no sítio do Sismuc.
Para Maíra, o principal problema do sistema de educação em Curitiba é a política de meritocracia, que valoriza a individualidade ao invés da cooperação e do trabalho em equipe: “Não posso dizer que Curitiba não vai bem no cenário nacional. No entanto, temos que rever a questão da meritocracia. A competitividade não é o melhor caminho para melhorar a educação. Isso vem através da capacitação geral, de cursos, do pagamento no piso da educação”, compara Beloto.
As educadoras e trabalhadoras de escola fizeram diversos questionamentos durante o primeiro encontro, principalmente com relação ao plano de carreira, as escalas e jornadas integrais e atividades que eram realizadas nos cmei’s e escolas e que não são mais. Cathia Almeida, educadora e diretora do Sismuc, acredita que uma das maneiras de valorizar o serviço público é o seminário da educação. Outra é o debate dos trabalhadores nos coletivos e ações sindicais: “Hoje abordamos os problemas do sistema. O debate mais aprofundado ocorre nos coletivos dos educadores e trabalhadores em escola. Esses são os momentos ideais para trazer as demandas ao sindicato e lutar pela educação”, ressalta Cathia. O próximo coletivo da educação ocorre no dia 18 de julho. Já os trabalhadores de escola se encontram no dia 4 de julho.