O Sismuc realiza sua última assembleia neste ano. Ela é importante para os servidores se informarem sobre o andamento da campanha de lutas para 2012. O objetivo é garantir que nenhum servidor ganhe menos de R$ 1,5 mil de vencimento. Para os servidores do nível médio, a meta é estabelecer o mínimo de R$ 2,5 mil, para o nível técnico R$ 3 mil e nível superior R$ 4,5 mil. Os aumentos, no entanto, deveriam ser dados em porcentagens para que os servidores com mais tempo de serviço tenham garantidos os benefícios. Essa pauta foi definida em assembleia realizada em 19 de outubro.
A presença do servidor também é importante para se informar em relação a pauta de negociações por segmento. Reuniões permanentes com a prefeitura estão sendo realizadas com relação ao descritivo de função, valorização profissional, gratificações por risco, combate ao assédio moral, entre outros.
Por fim, a assembleia visa esclarecer os servidores sobre os prejuízos aos quais eles podem ser submetidos caso o prefeito e seus aliados não recuem da proposta de acabar com a data-base e a isonomia em votação final que ocorre em 16 de dezembro.
A assembleia ocorre no Sismuc, as 19 horas.
Alteração na Lei Orgânica prejudicará negociações em 2012
Atualmente, as campanhas de lutas dos servidores de Curitiba já começam com uma certeza: a garantia da reposição da inflação e o mês de março como referência para o reajuste salarial de todos os servidores. Neste ano, por exemplo, o reajuste dos servidores foi em torno de 6,5%, pois neste valor que a inflação nacional e de Curitiba ficaram. Essa garantia de não ter perdas salariais só era possível com os artigos 30, 31 e 100 da lei orgânica do município. E é justamente esses artigos que o prefeito Luciano Ducci e seus vereadores estão tirando dos trabalhadores. Sem eles, o prefeito não precisa dar nada de reajuste em 2012, nem ao menos sentar com o sindicato e os trabalhadores para negociar qualquer reajuste. Ou seja, os servidores que já recebem os piores salários da região metropolitana podem ser ainda mais prejudicados pelo prefeito Ducci.
Além do salário, Ducci está acabando com a isonomia (a igualdade entre segmentos parecidos) dos trabalhadores. O objetivo dele é conceder reajustes ou horários para os segmentos que for apenas do interesse dele, como fez no caso dos médicos, em que ele discriminou os cirurgiões-dentistas e como está fazendo agora com os excluídos das 30 horas da saúde. “O prefeito, ao invés de assumir compromisso com a valorização dos servidores de Curitiba, quer acabar com seus direitos.”, explica Diogo Monteiro.