Plenária da CUT é marcada por ato contra privatização dos aeroportos

Representantes de todo o Brasil participaram, na semana passada, da 13ª Plenária Nacional da CUT, realizada em Guarulhos. O evento contou com a participação de 614 delegados, incluindo 3 do Sismuc; Irene Rodrigues, Patrick Baptista e Marcela Alves Bomfim. Os participantes aprovaram o plano de lutas que norteará as próximas ações da CUT e também definiram o calendário do Concut (Congresso Nacional da Central), que acontecerá entre 9 e 13 de julho de 2012.

As propostas divididas em 15 eixos (liberdade e autonomia; privatização; terceirização; luta pela terra; previdência; serviço público; educação; política econômica; política internacional; política energética; política de saneamento; saúde; direitos dos trabalhadores; democracia e participação; outras lutas) reafirmam o posicionamento da Central contrário a todo tipo de terceirização por entender que nada mais é do que a gestão fraudulenta e a precarização da mão de obras. Na mesma linha, defende a revogação das leis de Organizações Sociais (OS), além da privatização e concessão de portos, aeroportos, rodovias e leilões de petróleos.

“Não só debatemos temas importantes e definimos um plano para fortalecer nosso projeto político-organizativo, mas, principalmente, mostramos que não somos apenas uma central de plenárias, congressos e pressão em gabinetes de parlamentares. Nossa luta é nas ruas”, disse o presidente da CUT Artur Henrique. 
 
Um dos pontos altos da plenária foi ato contra a privatização dos aeroportos. Os manifestantes seguiram até o aeroporto de Guarulhos, para protestar contra as medidas do governo que apontam para a privatização da estrutura aeroviária do país. Já o ponto negativo, na opinião dos representantes do Sismuc, foi o esvaziamento do debate sobre os ramos de municipais.

O plano aprovado na plenária inclui ainda questões que tomaram conta dos debates recentes da sociedade brasileira: a Central posiciona-se contra a reforma do Código Florestal, por entender que legaliza o desmatamento e anistia os desmatadores, cobra a federalização da apuração de crimes contra sindicalistas e militantes do campo e da cidade e ressalta sua decisão contrária à desoneração da folha de pagamento.

Reafirma ainda bandeiras históricas como a defesa da reforma agrária, com atualização dos índices de produtividade da terra e limitação do tamanho das propriedades e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário.

Reforça também o apoio à luta dos professores pela aplicação da Lei do Piso Nacional do Magistério e inclui a necessidade da criação de um piso também para os funcionários da escola que não são educadores. De olho na renovação de seus quadros, recomenda que os sindicatos cutistas organizem coletivos de juventude em suas bases.