Na primeira reunião de negociação da Campanha de Lutas com a prefeitura, representantes dos servidores (Sismuc e Sismmac) se depararam novamente com as tentativas constantes da administração de travar as discussões. Além da ausência de secretários e do prefeito, o tema que deveria ser debatido hoje (16), na sede da secretaria de obras, ou seja, plano de cargos, carreiras e vencimentos, ficou para uma outra data a ser definida. Segundo informado por Cesar Bassani, superintendente da secretaria de trabalho, a administração municipal quer aguardar os resultados da pesquisa realizada por uma empresa contratada para estudar a situação dos servidores da prefeitura, o que deve ocorrer até final de março.
Uma das exigências do Sismuc é que a administração garanta a participação efetiva dos servidores na implantação dos planos. “Isto é necessário, porque temos experiências dos outros planos nos quais a administração enviou o projeto direto para a câmara, desconsiderando negociações e acordos”, justifica Irene Rodrigues dos Santos, diretora do sindicato.
Condições de Trabalho
Acerca da questão Auxílio Transporte para Licença Saúde, a administração manteve o seguinte posicionamento: “Não vamos atender”, cravou Susana dos Santos, diretora da secretaria de rh. Segundo ela, o deslocamento e transporte fica restrito casa-trabalho e trabalho-casa. Também foram negados pela administração a redução da jornada para 30 horas semanais para todos os servidores.
Cursos de capacitação
A diretora da Escola de Administração Pública do Imap (PMC/IMAP), Francine Wosniak, admitiu a dificuldade em atender todos os servidores (aproximadamente 32 mil), principalmente no que diz respeito a tornar viável atender demandas e intensificar a divulgação dos cursos. No balanço geral, ficou claro que há problemas na comunicação, divulgação e principalmente da capacitação dirigida. Francine reiterou que nos específicos ainda há muito que avançar e fazer, mas que esse ‘movimento’ já está sendo feito para atingir a meta municipal.
Estágio probatório
Segundo Susana o procedimento de análise, após a avaliação e em caso de exoneração, o servidor tem o pleno direito de defesa e contraditório. E é nesse ponto que o sindicato apontou o problema. Após receber sua nota, o servidor deveria ter uma opção de questionar a avaliação ou a pena disciplinar. “É muito ruim o servidor ter direito a defesa quando o servidor já está com a corda no pescoço”, lamentou Irene.
Ponto positivo
Para a presidenta do Sismuc, Marcela Bomfin, a mesa-redonda de negociação foi positiva. Como o tema capacitação e regulamentação do Artigo 95 (horário especial de estudante), prevista para julho, tomou boa parte das argumentações, o ponto positivo para os servidores foi justamente nesse quesito. “Em outras ocasiões eles nem queriam discutir”, disse Marcela.