Com o objetivo de trocar experiências entre ativistas sindicais e sindicalistas jovens do Brasil (CUT), Holanda (FNV Bondgeno-ten), Bielo-Rússia (BKDP) e diferentes sindicatos turcos, promoveram um encontro internacional. O evento realizado na Turquia, entre os dias 22 e 26 de junho, na cidade de Seferishar, contou com a participação da presidente do Sismuc Marcela Alves Bomfim. Juntamente com outros brasileiros, ela apresentou o funcionamento dos sindicatos cutistas e experiências da organização nos locais de trabalho no serviço público e privado no Brasil.
Bielo-Rússia: oficialismo
Os participantes da Bielo-Rússia relataram que vivem em sistema político ditatorial. Neste sistema político o governo beneficia alguns sindicatos e esses, por sua vez, não fazem a luta. A alternativa que os trabalhadores tiveram foi construir sindicatos autônomos independente da estrutura oficial. Estes não têm permissão do governo para se organizar e os diretores dos sindicatos são constantemente perseguidos e ameaçados de demissão. Os nomes dos filiados aos sindicatos, por exemplo, não são divulgados para evitar perseguições aos membros e suas famílias.
Turquia: restrições
A Turquia também vive um momento político ditatorial onde são proibidos vários tipos de organizações sindicais entre elas a formação de confederações. No serviço público há vários sindicatos da educação, saúde, administrativo. A organização está fragmentada, segundo os trabalhadores turcos. Nem todos os setores permitem que as mulheres trabalhadoras negociem. Também o país passa por um grande processo de terceirização que diminui o número de trabalhadores do serviço público, o que contribui para a desmobilização.
Holanda: democracia
Já a Holanda vive uma situação completamente distinta. O país conta com um governo democrático e os sindicatos têm liberdade para se organizar e fazer negociações. O direito de greve é respeitado e os trabalhadores, quando fazem greve, não podem ficar sem todo o salário.


