Na Assembleia Geral Extraordinária, que aconteceu na noite de hoje (13/11) na sede do SISMUC, servidores e servidoras aprovaram a proposta sobre o pagamento da data-base, apresentada pela Prefeitura em nova negociação esta semana. Além disso, aprovamos a manutenção do Estado de Greve; ato no dia da votação do projeto na Câmara Municipal; continuidade das mobilizações e; assembleia permanente para fevereiro de 2026, englobando não somente a data base, mas demais pautas gerais da categoria (a volta da data-base em março, o auxílio alimentação para toda a categoria, 5º nível no crescimento vertical, crescimento universal e sem concorrência e fim do desconto dos 14% na aposentadoria).
Como fruto da mobilização das servidoras e dos servidores, conquistamos a reabertura da negociação sobre a data-base com a Prefeitura, que voltou atrás na decisão e fará o pagamento retroativo do reajuste salarial de 5,17% — referente aos meses de novembro e dezembro, incidindo sobre o 13º salário, férias, horas extras, insalubridade, FGs, gratificações e auxílio-alimentação. O valor será pago em duas parcelas, em março e abril de 2026.
Juliana Mildemberg, coordenadora geral do SISMUC, declarou que essa é uma conquista da nossa categoria, de quem está aqui e esteve nas demais assembleias. “Vitória, inclusive, que não abrange somente os servidores públicos representados pelo SISMUC, como também os servidores representados pelos demais sindicatos. Nós mostramos ao prefeito que se quisermos, nós temos força para parar e fazer uma greve. Se for necessário parar a qualquer momento, os servidores estão unidos e fortalecidos”, completou.
Alessandra Oliveira, dirigente do SISMUC, afirmou que a pressão que os servidores fizeram sob a Prefeitura, seja com as panfletagens nos locais de trabalho, marcando o Eduardo Pimentel nas redes sociais ou aprovando o indicativo de greve, foi o que garantiu o avanço da nossa pauta. “É a primeira vez, em nove anos dessa gestão (Greca-Pimentel), que ela recua em uma decisão de desvalorização dos servidores públicos. Isso é resultado da nossa luta”, comentou Marlon Lima, servidor da assistência social.
Entenda o contexto: Na reunião para tratar da pauta econômica dos servidores públicos, ocorrida no dia 30 de novembro, a Prefeitura anunciou o reajuste salarial de 5,17% para janeiro sem retroatividade, descumprindo o que diz a lei da data-base.
Como resposta à tentativa de calote do prefeito Eduardo Pimentel, a categoria, organizada em assembleia do SISMUC, aprovou estado de greve e mobilizações nos locais de trabalho para manter diálogo com a sociedade e mostrar que os trabalhadores estão em luta. No dia 05 de novembro, o SISMUC notificou a gestão municipal a respeito do estado de greve e solicitou a reabertura da mesa de negociação da pauta econômica.
No dia 10 de novembro, em nova assembleia que aconteceu na sede da APP Sindicato, servidoras e servidores mostraram mais uma vez a sua força e aprovaram de forma unânime o indicativo de greve, com paralisação geral que aconteceria ainda este mês de novembro e outras duas mobilizações, a primeira durante a inauguração da Rua da Cidadania na CIC e a segunda na noite de abertura do Natal de Curitiba.
O prefeito sentiu a pressão e recuou. Na tarde de ontem, os sindicatos foram chamados para reunião com a Administração municipal, onde nova proposta foi entregue, garantindo que os trabalhadores da rede municipal irão receber o que lhes é direito.
O SISMUC segue ao lado de cada servidor e servidora, mantendo o compromisso de defender direitos, ampliar conquistas e garantir que a Prefeitura respeite quem a sustenta todos os dias.


