A categoria lotou o auditório da APP Sindicato e disse um NÃO ao calote do prefeito Eduardo Pimentel
Na noite da segunda–feira (10), servidoras e servidores públicos municipais de Curitiba aprovaram, de forma unânime, o indicativo de greve e paralisação geral para 27 de novembro. A decisão foi consciente e carregada de indignação, rejeitando a proposta imoral do prefeito Eduardo Pimentel de adiar o reajuste salarial de 5,17% para janeiro de 2026, sem retroatividade, descumprindo a legislação que determina a data–base em 31 de outubro.
A direção do Sindicato reforçou que não repor o que a inflação já comeu do nosso salário é calote. “A categoria já reagiu à proposta do prefeito despreparado, estamos recebendo fotos dos servidores da educação, da saúde, da assistência social que estão panfletando e conversando com a população diariamente. Agora, precisamos definir um dia D contra o calote, um dia para dar início à nossa paralisação. Para isso, a gente precisa engajar cada vez mais servidores em diferentes locais de trabalho e secretarias.”
A categoria não vai recuar. Para além da paralisação geral no dia 27, foi aprovada também mobilizações para pressionar o prefeito. O primeiro ato já tem data marcada: será neste sábado, 15 de novembro, durante a inauguração da nova Rua da Cidadania da CIC. Por isso, convoque todos os seus colegas, precisamos mostrar que não vamos aceitar esse desrespeito da gestão municipal. No dia 24, nosso segundo ato será na noite de abertura do Natal 2025 de Curitiba, que acontecerá na praça Santos Andrade.
Todas as formas de mobilização e pressão são válidas e necessárias e elas devem acontecer em cima de quem é o dono da caneta: o prefeito Eduardo Pimentel. Comente nas publicações do @eduardopimentel_ #NÃOaoCalote
O incômodo também deve atingir o legislativo municipal, uma vez que os vereadores e as vereadoras são os responsáveis por aprovar ou rejeitar o projeto que será enviado pela Prefeitura. “Cada um de nós aqui deve pressionar os parlamentares da Câmara para que eles votem a favor do serviço público”, provoca a direção do SISMUC.
“Não é hora mais de esperarmos o melhor momento para lutarmos pelos nossos direitos, a hora é agora. Eu trabalho há 15 anos na educação infantil, eu quero receber meu piso salarial, eu quero receber a data-base agora. A gente precisa ir pra rua e dizer um basta para essa desvalorização”, declarou uma professora presente.
Na assembleia realizada na última segunda-feira, na qual a categoria aprovou o Estado de Greve, a direção do SISMUC já havia apontado que o adiamento do reajuste sem repor os meses anteriores significa que a Prefeitura está dando um calote estimado em R$ 64 milhões. Serão mais de 40 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas prejudicados.
SISMUC cobra por nova reunião com a Prefeitura
Durante esta semana, as trabalhadoras e os trabalhadores do funcionalismo público permaneceram mobilizados em seus locais de trabalho, dialogando com a população que vem apoiando a luta de quem presta os serviços tão essenciais. Além disso, na semana passada, o SISMUC encaminhou ofício à gestão municipal notificando o Estado de Greve e cobrando pela reabertura da mesa de negociação da pauta econômica. Como a Prefeitura não respondeu ao Sindicato, mantivemos a assembleia de hoje para discutirmos os próximos passos de luta.
Os servidores públicos estão unidos e a mensagem é clara: chega de calote e chega de desrespeito! Curitiba merece o melhor e os trabalhadores do serviço público também.


