No último dia 5 de novembro, o SISMUC esteve junto à Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral no Ato Rachel Genofre: pelo fim da violência contra meninas e mulheres!, realizado na Rodoferroviária de Curitiba.
O objetivo foi reafirmar a luta para que o local passe a se chamar Rodoferroviária Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre — um gesto de memória, afeto e resistência, para que a cidade nunca esqueça e para que nunca mais aconteça qualquer tipo de violência contra meninas e mulheres.
Rachel tinha apenas nove anos quando foi brutalmente assassinada, em 2008. Alegre, inteligente e questionadora, cresceu acompanhando as lutas feministas de sua mãe, Maria Cristina Lobo Oliveira, servidora municipal de Curitiba, que desde então transformou a dor em coragem e a saudade em luta.
“Há 17 anos na luta, em busca de justiça. Luto para que não aconteça mais. Aqui, na rodoferroviária, junto com o movimento feminista e sindicatos como o SISMUC, pedimos que o local receba o nome de Rachel — para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”, disse Maria Cristina.
Em 2019, a Frente Feminista já havia protocolado na Câmara Municipal de Curitiba um pedido para que o nome de Rachel fosse atribuído a um logradouro público da cidade. Agora, em 2025, o movimento também entregou à Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, uma carta solicitando que o governo federal intervenha para que a Rodoferroviária — por ser um espaço da União — receba oficialmente o nome de Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre.
Na carta entregue à Ministra, as entidades destacam “que a história trágica dessa menininha nos sirva de exemplo, de fé e esperança — e que, como Rachel, nunca nos curvemos diante da opressão e das injustiças.”
Entre abraços, música e poesia, o ato foi um gesto coletivo de amor e resistência. “Lembrar Rachel é também proteger todas as meninas e mulheres. Seguimos transformando a dor em coragem e a memória em luta”, afirmou Niuceia de Fátima Oliveira, secretária de Mulheres do SISMUC.


